Bahia tropeça na Colômbia e vê classificação na Libertadores ameaçada
Na noite desta quarta-feira, o Bahia viu suas esperanças de classificação à próxima fase da Libertadores sofrerem um abalo ao ser derrotado por 1 a 0 pelo Atlético Nacional, em Medellín. Em um lance clássico do estilo colombiano, o Tricolor falhou ao lidar com um lançamento longo e acabou permitindo que Viveros balançasse as redes. O resultado coloca os donos da casa na liderança do grupo F.
Após o apito final, o técnico Rogério Ceni foi à sala de imprensa e reconheceu a superioridade da equipe colombiana. O treinador não poupou críticas à atuação de seus comandados, especialmente em relação à saída de bola e à falta de criação ofensiva. “O Atlético Nacional é um time de qualidade. Eles foram superiores. Sofremos um pouco na saída de bola, o campo é mais rápido, difícil. A única chance que eles acertaram no nosso gol foi o gol deles. Surgiu de uma saída de bola. Tivemos até algumas trocas de passes, mas não conseguimos ser eficientes para fazer o gol”, disse Rogério Ceni.
Ceni apontou três momentos decisivos em que o Bahia pecou dentro de campo. “Tivemos três vacilos no jogo: um aos três minutos do primeiro tempo, no gol anulado, e outro no primeiro minuto do segundo tempo no gol deles. Ainda tiveram duas bolas longas de muito longe, mostramos, por vídeo, que eles costumam fazer essas jogadas, já que Viveros tem muito ataque ao espaço. Poderíamos fazer uma cobertura, tirar a bola para a lateral. Eles também estavam a favor do vento no início do segundo tempo. Mas o problema é que nós não conseguimos criar chances para ameaçar eles”, finalizou.
A derrota em casa ainda pesa na memória de Rogério Ceni
O treinador, no entanto, revelou que a dor maior ainda é o revés em Salvador. A derrota por 3 a 1 para o Nacional do Uruguai, na Arena Fonte Nova, segue como a partida mais indigesta para Ceni, que lamenta os erros acumulados naquela noite. Para ele, essa foi a falha crucial que comprometeu a caminhada do Tricolor na fase de grupos.
Mesmo considerando o confronto na Colômbia uma missão complicada — já que o Atlético Nacional está há nove meses sem perder em casa —, o técnico acredita que a equipe poderia estar em situação melhor se não tivesse tropeçado dentro de seus próprios domínios. Essa combinação de resultados colocou o Bahia numa situação desconfortável no grupo, embora ainda tenha chances reais de avançar.
Próximos duelos na Libertadores prometem fortes emoções para o torcedor tricolor
Atualmente, o Bahia ocupa a segunda posição da chave, mas corre o risco de ser ultrapassado dependendo do desenrolar do duelo entre Nacional (URU) e Internacional. Para carimbar o passaporte às oitavas de final sem depender de outros resultados, o Tricolor precisa vencer justamente o Colorado na próxima rodada da Libertadores.
Apesar do cenário delicado, Rogério Ceni mantém o otimismo e confia na capacidade de reação do elenco. “O pecado nosso foi a derrota para o nacional em casa. Foram os 30 minutos em que não jogamos bem na competição. Contra o Inter precisamos ser competitivos, jogar nosso jogo. São todos jogos grandes, mas vamos até o fim. O Bahia não desistiu da permanência em 2023, contra o Atlético-MG, não desistiu para conseguir a classificação na Libertadores e não vai ser diferente agora. Até criamos mais chances com as mudanças no segundo tempo, mas não conseguimos mandar a bola para dentro”, lamentou o comandante.
Veja também
Bahia perde para o Atlético Nacional e torcida reclama das substituições de Rogério Ceni
Agora, o Bahia muda o foco para o Campeonato Brasileiro. Neste domingo, às 16h (horário de Brasília), o desafio será o clássico contra o Vitória, na Arena Fonte Nova, pela 9ª rodada. Uma oportunidade de ouro para reencontrar o caminho das vitórias e retomar a confiança rumo às decisões que se aproximam na temporada.
