Geromel abre o jogo sobre Renato Gaúcho no Grêmio
Pedro Geromel, ídolo do Grêmio, decidiu revelar detalhes pouco conhecidos sobre a convivência com Renato Portaluppi no Imortal. Dessa forma, o ex-capitão da equipe, o zagueiro concedeu entrevista ao jornalista Filipe Gamba e trouxe relatos diretos sobre a liderança, o perfil humano e a postura firme do treinador no vestiário tricolor.
Logo em seguida, o defensor deixou claro que Renato sempre adotou uma comunicação frontal com o elenco. Segundo Geromel, o técnico não fazia distinção entre jovens promessas ou atletas experientes, tratando todos com a mesma exigência. Portanto, as decisões técnicas eram sempre justificadas com o objetivo exclusivo de fortalecer o time dentro de campo.
Em um dos episódios mais marcantes, Geromel relembrou uma situação envolvendo uma substituição que gerou incômodo em um jogador. Contudo, Renato não hesitou ao perceber a reação negativa e tomou uma atitude imediata, deixando claro que não aceitava esse tipo de comportamento no grupo.
“Ele chegou um dia no jogo e um jogador saiu bravo porque foi substituído. E o Renato falou: ‘Não, você está multado, eu não aceito essa atitude. Você acha que eu te tirei porque você estava jogando muito e eu fiquei com dó do adversário?’”, relatou Geromel.
Transparência que construiu respeito no vestiário
Na sequência, o ex-zagueiro explicou que Renato sempre pedia empatia aos atletas. O treinador solicitava que todos se colocassem em seu lugar para compreender as decisões tomadas durante as partidas. Assim, o elenco passou a enxergar as mudanças como estratégias coletivas, e não como punições individuais.
“Ele pedia para a gente se colocar no lugar dele. Quando ele tirava alguém, era para melhorar o time, para fazer algo diferente. Ele falava na cara, independente de quem fosse, e isso dava muita credibilidade para ele”, completou.
Liderança reconhecida além das quatro linhas
Além do comando esportivo, Geromel destacou o lado humano de Renato Portaluppi. Segundo ele, o treinador sempre demonstrou preocupação genuína com funcionários, jogadores e pessoas ligadas ao clube, muitas vezes longe dos holofotes. “Ele ajuda todo mundo. Recebia muito patrocínio e distribuía para todo mundo. Dava dinheiro para funcionários, para quem precisava, fazia caixinha. Ele não fala para ninguém, mas ajuda todo mundo”, revelou.
Por fim, Geromel ressaltou que essas ações criaram um ambiente raro no futebol profissional. Portanto, a combinação entre cobrança, sinceridade e humanidade explica por que Renato construiu uma relação tão sólida com o elenco ao longo de sua trajetória no Grêmio, tornando-se uma figura de liderança incontestável no clube.