Flamengo x Vasco
No Maracanã lotado, Vasco e Flamengo protagonizaram mais um capítulo intenso da rivalidade neste domingo (21). A equipe de Fernando Diniz entrou em campo buscando um equilíbrio entre compactação defensiva e saída rápida em contra-ataques, apostando no protagonismo de Philippe Coutinho e na força aérea de Pablo Vegetti. O primeiro tempo foi marcado por alternância de domínio, com o Flamengo abrindo o placar e o Vasco reagindo com bola parada.
A leitura inicial de Diniz foi manter a equipe em bloco médio, controlando os espaços e reduzindo a circulação rubro-negra. A estratégia surtiu efeito em alguns momentos, principalmente na recuperação de bolas no campo defensivo. Entretanto, a marcação sofreu quando os meias flamenguistas conseguiram acelerar pelas pontas, obrigando ajustes frequentes no posicionamento vascaíno.
Coutinho como articulador e a bola parada como arma
O treinador vascaíno apostou em Coutinho como cérebro da equipe. Mesmo sem intensidade física dos tempos de auge, o camisa 11 foi responsável por criar as principais jogadas de infiltração e buscar inversões de jogo. Foi dele a cobrança de escanteio que resultou no gol de Rayan, em uma das armas mais exploradas pelo Vasco: a bola parada.
Além disso, Diniz mostrou clara intenção de manter Vegetti como referência, atraindo os zagueiros flamenguistas e liberando espaços para a chegada dos meias. No entanto, o argentino não conseguiu se impor diante da forte marcação, o que acabou diminuindo o poder de finalização da equipe. Essa leitura levou o técnico a tomar uma das decisões mais importantes do jogo.
Ajustes tardios, mas decisão correta
Fernando Diniz demorou a mexer na equipe, o que gerou certa apreensão na torcida. O Vasco sofria fisicamente e perdia presença ofensiva, enquanto o Flamengo fazia mudanças para oxigenar seu ataque. A insistência em manter Vegetti acabou se mostrando limitada diante do ritmo do clássico.
Quando optou por substituí-lo, foi bastante elogiado pela torcida. A equipe passou a explorar melhor a velocidade de Rayan e os apoios de Andrés Gómez, ganhando fôlego para segurar o ímpeto adversário e ainda criar boas chances em transições. No ao todo, a equipe conseguiu demostrar competitividade no segundo tempo.

Veja também
Luiz Araújo e Léo Ortiz projetam Flamengo x Vasco no Campeonato Brasileiro: “Clássico não se joga, se vence”
O balanço do clássico mostra que o Vasco de Diniz conseguiu competir em pé de igualdade, mesmo diante de um Flamengo com elenco mais encorpado. A postura do treinador foi pragmática, sem abrir mão do estilo que privilegia a posse, mas adaptada à necessidade do jogo.




