Inter respira aliviado no balanço financeiro
O Internacional apresentou o balanço dos primeiros sete meses de 2025 e os números surpreenderam positivamente. O déficit, que poderia chegar a R$ 61,96 milhões, ficou limitado a R$ 15,43 milhões, um resultado bem mais confortável do que o esperado pela diretoria.
O alívio veio graças a uma arrecadação recorde. Até julho, o Colorado somou R$ 412,31 milhões em receitas, muito acima da previsão inicial de R$ 255,45 milhões. A força das entradas garantiu estabilidade em um momento de altos investimentos no futebol.
Custos em elevação e ajustes necessários
Se a renda cresceu além do previsto, os gastos também acompanharam o ritmo. As despesas com o departamento de futebol, projetadas em R$ 210,48 milhões, alcançaram R$ 237,09 milhões no mesmo período. Apenas em salários, foram consumidos R$ 99,94 milhões, média de R$ 14,27 milhões por mês. Os direitos de imagem representaram R$ 39,93 milhões, cerca de R$ 5,7 milhões mensais. Somando tudo, o clube desembolsou aproximadamente R$ 20 milhões mensalmente para sustentar elenco e comissão.
Apesar disso, o Conselho Deliberativo aprovou uma suplementação orçamentária para acomodar o cenário. A medida foi vista como necessária para manter o equilíbrio enquanto ajustes são feitos para reduzir a folha de pagamentos.
Saídas estratégicas e projeção otimista
Em meio às dúvidas, a diretoria reforça que o fluxo segue sob controle. Antes do Gre-Nal, o diretor esportivo D’Alessandro garantiu que não há atrasos nos compromissos. Já o CEO Giovane Zanardo destacou: “No comparativo entre realizado e orçado, estamos muito próximos na receita bruta das atividades. Tivemos um desempenho em receitas bastante significativo nestes primeiros sete meses. De um modo geral, a gente vem atendendo às expectativas em todas as rubricas até julho. Por outro lado, alguns custos ficaram acima do orçado para o período.”
O planejamento do clube prevê redução de despesas no segundo semestre, especialmente após a saída de nomes de peso como Enner Valencia, Fernando e Wesley. Este último foi vendido ao Al-Rayyan, do Catar, por US$ 10 milhões, algo em torno de R$ 54,4 milhões, valor que reforça o caixa e abre espaço na folha salarial.

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Com mais receitas do que o esperado e uma folha em processo de enxugamento, a expectativa do Internacional é terminar 2025 no azul. A projeção atual aponta para um superávit de R$ 7,64 milhões, resultado que anima torcedores e aumenta a confiança para a sequência do Brasileirão e demais torneios da temporada.




