Fim de punição
Neste mês de abril, chegou ao fim a suspensão do zagueiro Eduardo Bauermann, que foi suspenso pela Fifa e pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por envolvimento no esquema ilegal de manipulação de resultados em 2023, onde ele recebeu R$ 50 mil de uma quadrilha que manipulava jogos de futebol.
Bauermann, que atuava pelo Santos naquela época, deixou o clube quando o esquema de manipulação foi descoberto e se transferiu para o Alanyaspor, da Turquia. No entanto, antes mesmo de estrear pela equipe turca, deixou o time ainda no ano passado.
Zagueiro jogará o Mundial de Clubes
Com o fim da punição, Eduardo Bauermann abriu o coração, relatando o momento difícil em que passou longe do futebol e projetando seu retorno aos gramados como o melhor momento de sua carreira.
Hoje, o zagueiro é atleta do Pachuca, do México, equipe que disputará o Super Mundial de Clubes no grupo H, junto de Al-Hilal, da Arábia Saudita, Real Madrid, da Espanha, e RB Salzburg, da Áustria.
Eduardo Bauermann em ação pelo Santos. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
Aspas de Eduardo Bauermann
“Eu passava dias em casa chorando, sem nenhuma perspectiva. Já vi meu filho chorando no quarto algumas vezes por ter de sair de Santos, onde estávamos felizes. Isso é uma das partes que mais me cortam o coração: entrar no quarto do meu filho e vê-lo chorando com saudade dos amigos, do que vivíamos em Santos.”
“Eu tive de me fortalecer, muitas portas foram fechadas. Mas eu sempre tive fé que as coisas podiam mudar. Eu me via sem esperança, sem uma nova perspectiva de vida. Cada dia parecia que tinha 48 horas quando eu estava em casa sem poder jogar. Hoje, graças a Deus, me vejo em outro patamar. Aprendi muito com isso. Sei que foi necessário para que eu pudesse estar aqui.”
“Hoje sou mais maduro. Antes eu tinha algumas dificuldades de dizer certas coisas para as pessoas, eu me prejudicava para não prejudicar as outras. Quando começamos a entender como o ser humano é e a maldade que as pessoas às vezes têm disfarçada de bondade, começamos a ter mais maturidade e entender melhor o motivo das pessoas se aproximarem da gente.
Eu diria para aquele Bauermann lá de trás para para saber lidar com as pessoas e saber se impor. Eu diria para aquele Bauermann se posicionar, se impor e botar limite nas pessoas, para que pessoas que se aproximam com uma maldade disfarçada de bondade não tirem proveito.” “Estou no meu melhor momento profissional. Nem nos meus melhores sonhos poderia imaginar que estaria em um clube que jogará o Mundial.”
Veja também
Ex-técnico do Corinthians, Ramón Díaz recusa oferta para treinar o Santos
