Botafogo observa lições da experiência em Doha
O Flamengo embarca neste sábado para Doha, no Catar, para disputar a Copa Intercontinental. A viagem reacende no Botafogo memórias da participação na competição no ano passado e reforça a importância do planejamento para enfrentar desafios fora do país.
O presidente do clube rival, Luiz Eduardo Bap, reconheceu que chegar ao torneio com descanso maior pode ser um diferencial. O Flamengo conquistou o Brasileirão com uma rodada de antecedência, cenário bem diferente do vivido pelo Botafogo em 2024. “Esse respiro de ser campeão uma rodada antes do fim ajuda a gente a ter um descanso dos atletas. Poder chegar em Doha três dias antes da partida é um luxo que o Botafogo não teve, por exemplo, no ano passado. Na minha opinião, acabou sendo altamente relevante para o resultado”, afirmou em entrevista à FlaTV.
Ele voltou a mencionar a diferença entre as condições do Flamengo e as do Botafogo na última edição do torneio ao dizer: “Vamos chegar em melhores condições que o Botafogo chegou”.
Planejamento que faz falta no Botafogo
O dirigente rubro-negro também revelou os bastidores da preparação física. “Para o final de temporada como tivemos no Brasil, o planejamento físico e médico foi muito bom. Estar com 85, 87% de disponibilidade dos atletas nesse fim de temporada é um número a ser comemorado. Nos últimos 10 anos, não tivemos nada parecido com isso”, declarou.
Ao valorizar o trabalho fora das quatro linhas, Bap acrescentou: “Tem muita gente trabalhando fora de campo para que as coisas aconteçam dentro de campo”.
Essas declarações reforçam pontos que o Glorioso já conhece bem: tempo de adaptação, recuperação adequada do elenco e estrutura logística são fatores que definem o desempenho em torneios internacionais.

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A fala do presidente rival evidencia aquilo que o Botafogo sentiu na prática em Doha. Descanso, planejamento físico e preparação antecipada não são luxos, mas exigências quando se busca competir por grandes títulos fora do Brasil.
Não há crítica aberta ao Botafogo nas declarações, mas elas deixam clara a necessidade de aprimorar a estrutura para que situações como a de 2024 não se repitam. O clube precisa transformar a experiência recente em melhoria real, se quiser resultados mais fortes em competições internacionais.




