Imprensa mundial reage à derrota
A surpreendente virada do Japão sobre o Brasil por 3 a 2, nesta terça-feira (14), ganhou destaque nas manchetes internacionais e abalou o ambiente da Seleção. Pela primeira vez na história, o time japonês superou os pentacampeões mundiais, resultado que gerou repercussão imediata entre os principais jornais esportivos da Europa e da América do Sul.
O tradicional diário espanhol Marca classificou o feito japonês como algo “épico”, destacando que o revés serviu para “manter os pés do Brasil no chão” após a goleada recente sobre a Coreia do Sul. “Esta é a primeira vitória da história da seleção asiática contra o Brasil, que traz a Seleção de volta à realidade após a goleada sobre a Coreia do Sul”, publicou o veículo madrileno.
Críticas diretas a erros individuais na Seleção Brasileira
Outro jornal espanhol, o AS, adotou tom mais duro ao descrever o que chamou de “noite trágica” da Seleção. O periódico ironizou o desempenho do zagueiro Fabrício Bruno, responsabilizando-o pelos lances decisivos que culminaram na virada japonesa.
“Uma vitória clara para os pentacampeões mundiais se aproximava, mas o Japão criou problemas para eles, em parte graças ao talento de Fabrício Bruno, que deu assistência para Minamino marcar. A noite trágica só piorou quando ele impediu Nakamura de chutar e desviou a bola para dentro do próprio gol. Erros como esses podem condenar o Brasil na Copa do Mundo“, escreveu o jornal.
A análise espanhola reforça o sentimento de frustração que dominou torcedores e comentaristas brasileiros, que viram uma atuação instável e marcada por falhas defensivas. A derrota colocou em dúvida o estágio de evolução da equipe, justamente em um período de testes e ajustes para o Mundial de 2026.
Repercussão na América do Sul e Europa
Na Argentina, a imprensa celebrou o feito japonês. O La Nación e o Olé descreveram o placar como o “triunfo mais significativo da história” do Japão, um “choque inesperado” e uma “derrota inesquecível” para o Brasil. Já em Portugal, o jornal A Bola estampou na capa o impacto da reviravolta com o título: “Escândalo em Tóquio: Japão recupera de 0-2 para 3-2 e vence pela primeira vez o Brasil”.

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Apesar do tropeço, a equipe comandada por Carlo Ancelotti ainda terá novas oportunidades para ajustar o elenco antes do grande desafio nos Estados Unidos, México e Canadá. Em novembro, a CBF prevê amistosos contra seleções africanas, como Senegal e Tunísia. Já em março de 2026, a ideia é medir forças com adversários europeus de peso, entre eles França, Croácia e Holanda.
O revés em Tóquio, porém, ficará marcado não apenas pelo placar, mas pelo simbolismo: um alerta em plena reta final de preparação para a Copa, mostrando que o caminho até a redenção mundial será mais desafiador do que o previsto.




