Remo analisa cenário e monitora Thaciano no mercado
O Remo acompanha de perto a situação de Thaciano, que possui vínculo extenso com o Santos, mas não deve seguir no clube na próxima temporada. O nome do jogador passou a circular internamente nos últimos dias, mesmo com o Athletico-PR já tendo conversas em estágio inicial para tentar avançar por sua contratação.
A avaliação dentro do clube paraense é cautelosa. Ainda não há proposta oficial, apenas observação do contexto contratual e financeiro do atleta antes de qualquer movimento mais concreto.
Perfil agrada, mas entraves pesam
Thaciano é bem visto pela nova comissão técnica e também se encaixa no modelo de jogador buscado pelo executivo Marcos Braz, que prioriza atletas com bagagem em competições nacionais. Esse fator pesa a favor do interesse, especialmente pela experiência acumulada ao longo da carreira.
Outro ponto considerado positivo é a boa relação entre Marcos Braz e Alexandre Mattos, responsável pelo futebol do Santos, o que poderia facilitar um diálogo futuro entre as partes.
Obstáculo financeiro praticamente inviabiliza negócio
Apesar do interesse, o cenário financeiro torna a negociação extremamente complexa. Thaciano recebe cerca de R$ 1 milhão por mês, valor completamente fora do padrão orçamentário do Remo. Para que a transferência fosse possível, seria necessário que o Santos arcasse com parte dos salários, alternativa que não está nos planos do clube paulista neste momento.
A posição do Peixe é clara. Só aceita um empréstimo com pagamento integral dos vencimentos ou a venda definitiva dos direitos econômicos, condições que afastam o clube paraense da disputa.

Thaciano jogador do Santos comemora seu gol durante partida contra o Cruzeiro no estadio Vila Belmiro pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Mauricio De Souza/AGIF
Investimento alto e desempenho questionado no Santos
O Santos contratou Thaciano junto ao Bahia, no início de 2025, em uma negociação que chegou a R$ 32 milhões. Dentro de campo, porém, o retorno ficou abaixo do esperado. Na temporada, o jogador disputou 31 partidas, marcou cinco gols e não deu assistências, desempenho que gerou críticas frequentes da torcida na Vila Belmiro.

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O interesse do Remo é compreensível do ponto de vista técnico, mas financeiramente não se sustenta. Sem uma mudança drástica na postura do Santos em relação aos salários, o negócio tende a permanecer apenas no campo da sondagem. Para o Remo, o caminho mais seguro segue sendo buscar opções com custo mais compatível com sua realidade, evitando riscos que podem comprometer o planejamento da temporada.




