São Paulo x Atlético Nacional
O São Paulo entrou em campo nesta terça-feira (19), no Morumbi, para decidir a classificação diante do Atlético Nacional após o empate sem gols no jogo de ida, na Colômbia. O Tricolor, que encerrou a fase de grupos sem derrotas, buscava confirmar o bom momento sob o comando de Hernán Crespo, já que no Brasileirão acumula seis jogos de invencibilidade. A postura adotada pelo treinador argentino, no entanto, acabou fazendo a equipe decidir a classificação nos pênaltis. Após as cobranças, a equipe carimbou a vaga.
Logo de início, Crespo surpreendeu ao deixar Lucas Moura no banco e escalar um time com três zagueiros: Rafael; Ferraresi, Alan Franco e Sabino. No meio, Cédric e Enzo Díaz atuaram pelas alas, enquanto Marcos Antônio, Bobadilla e Rodriguinho deram sustentação no setor central. Na frente, Luciano e André Silva foram os escolhidos para iniciar. A ideia do treinador foi dar solidez defensiva e apostar na bola parada, o que se confirmou no gol de André Silva logo no início.
Estratégia de poupar e preservar forças
O planejamento de Crespo começou ainda no fim de semana, quando escalou um time alternativo contra o Sport, pelo Brasileirão, poupando até o goleiro Rafael. O objetivo era ter a equipe titular em boas condições físicas para a decisão. O problema é que, com uma lista extensa de desfalques, Calleri, Luiz Gustavo, Oscar, Ryan Francisco, Wendell e Arboleda, entre outros, o treinador ficou com poucas opções de impacto no banco de reservas.
Apesar disso, a escolha de manter Lucas Moura como alternativa para o segundo tempo mostrou-se coerente. O atacante entrou logo no início da etapa final no lugar de Rodriguinho e deu mais mobilidade ao ataque. Ainda assim, o São Paulo sofreu com a pressão do adversário e acabou cedendo o empate em cobrança de pênalti convertida por Morelos, após revisão no VAR.
Demora nas mudanças e excesso de cautela
O momento mais contestado do trabalho de Crespo foi a leitura após a expulsão de Cardona, que deixou o Atlético Nacional com um jogador a menos ainda no segundo tempo. Mesmo com a superioridade numérica, o treinador manteve a formação com três zagueiros e demorou para abrir mão de um defensor para colocar mais força ofensiva.
Além disso, a saída de André Silva, autor do gol e referência no ataque, foi uma substituição equivocada, já que o São Paulo ainda poderia decidir a vaga nos pênaltis, como aconteceu. A decisão de preservar a linha de três defensores, mesmo com espaço para agredir o rival, acabou passando a impressão de excesso de cautela em um momento que pedia maior ousadia.
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No fim, a atuação coletiva foi marcada por intensidade no início e por queda de rendimento na segunda etapa. Crespo conseguiu manter o São Paulo competitivo, mas a demora para aproveitar o jogador a mais e as escolhas nas substituições pesaram contra sua estratégia. O Tricolor mostrou evolução na competição, mas deixou escapar a chance de confirmar a classificação sem sustos.
