Paiva faz pedido especial ao elenco e projeta desafios do Botafogo no Super Mundial: “Só o nome já assusta”

Glorioso estreia contra o Seattle Sounders em Seattle e encara PSG e Atlético de Madrid em Los Angeles na fase de grupos

Renato Paiva técnico do Botafogo durante partida contra o Universidad de Chile no estádio Engenhão pelo campeonato Copa Libertadores 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Renato Paiva técnico do Botafogo durante partida contra o Universidad de Chile no estádio Engenhão pelo campeonato Copa Libertadores 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Botafogo no Super Mundial

Antes de pensar no Super Mundial de Clubes, o Botafogo entra em campo nesta quarta-feira (4) para encarar o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro. Mesmo com o torneio internacional se aproximando, Renato Paiva tem evitado falar sobre o assunto com o grupo. Em entrevista coletiva, no entanto, o treinador revelou o discurso que pretende adotar internamente com o elenco.

“O Campeonato Brasileiro não permite nem sequer falar do tema. Não vou mentir. Falamos uma vez quando a taça (do Super Mundial) esteve aqui. Quando a taça foi exposta aqui no CT e, obviamente, gera-te essa conversa, esse friozinho na barriga de, enquanto técnico e enquanto jogador, disputarmos uma prova da dimensão e da importância que é o Mundial de Clubes. Só o nome já assusta, não é? Assusta no bom sentido.”

Pedido de Paiva para o elenco

“Não falei com eles, mas aquilo que lhes vou dizer é que aquilo que nós temos de fazer, ir até à última gota de suor e de sangue, se for preciso, é representar este escudo como o torcedor que nós representamos. Depois, se formos melhores que o adversário, ganharmos, fantástico. Se não conseguirmos, se eles forem melhores que nós, parabéns. O que é inegociável é a imagem, o esforço e a dignidade e o peso e a responsabilidade de representar o Botafogo além fronteiras numa competição desta dimensão gigantesca.”

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“Portanto, a única coisa que eu vou pedir aos meus jogadores é que depois desfrutem. Porque não sabemos quando é que é a primeira e a última. Pode ser a primeira de muitas, mas pelo menos desfrutem. Porque é para isto que nós técnicos e que os jogadores trabalhamos todos os dias, para estar sempre nestes patamares de elevado apoio”, comentou Paiva, com tom emotivo.

De olho nos rivais do Super Mundial

Ao projetar o desempenho alvinegro no Super Mundial, o treinador destacou a força coletiva como chave para equilibrar o confronto com gigantes do futebol mundial, como PSG e Atlético de Madrid, além do Seattle Sounders. Para ele, os nomes pesam menos do que o trabalho coletivo dos rivais.

“Em vez de olhar aos nomes Paris Saint Germain e Atlético de Madrid, porque disseram logo assim a esse respeito, eu olho mais aos trabalhos e às equipes. Já disse esta semana que se há dois clubes que definem perfeitamente o que é a definição de equipe, de conjunto e organização coletiva. São o Atlético de Madrid e este Paris Saint Germain do Luis Enrique. Porque o grande corte do paradigma do Paris Saint Germain foi quando deixou de olhar para egos, pagos a peso de ouro e contratados a peso de ouro, e que conseguiram, em alguns anos, a proeza de não ser campeões em França. Repara bem, não serem campeões em França, com tanto dinheiro investido. Então há uma mudança de paradigma com a contratação do Luís Campos, que eu conheço muito bem, é só um dos maiores e melhores diretores esportivos do mundo. As contratações que ele faz falam por ele, e não é por ser português. E do Luis Enrique, que trouxe uma mentalidade exatamente e que eu conheço muito bem de La Masia, que é o coletivo por cima das individualidades. E se há um treinador que quer que a equipe jogue de determinada maneira os jogadores que comprem essa maneira, ou então é melhor não lá estarem.”

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SP – SANTOS – 01/06/2025 – BRASILEIRO A 2025, SANTOS X BOTAFOGO – jogador do Botafogo comemora seu gol durante partida contra o Santos no estadio Vila Belmiro pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Mauricio De Souza/AGIF

SP – SANTOS – 01/06/2025 – BRASILEIRO A 2025, SANTOS X BOTAFOGO – jogador do Botafogo comemora seu gol durante partida contra o Santos no estadio Vila Belmiro pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Mauricio De Souza/AGIF

“A história do Mbappé, vamos perguntar, se vocês fossem todos treinadores, todos queriam ter o Mbappé na vossa equipa, não é? Até eu gostava de ter. Agora, a gente tem que perceber se o Mbappé é jogador para fazer aquilo que o treinador quer ou não. E se vale a pena ter um jogador que faça o que lhe apetece, segundo o que diz o Luis Enrique, atenção, e que isso possa ser nocivo para o coletivo. Então, acho que tens de fazer escolhas. E ele escolheu, para mim é uma história muito bonita, e é uma lição para o futebol contemporâneo e atual, hoje. Porque hoje o jogador de futebol tem um poder, para mim, sobredimensionado. Eles são o mais importante do jogo, para mim são o mais importante do jogo, mas têm às vezes um poder que não pode sobrepor-se àquilo que é isto. Não há nada que esteja acima do símbolo. Nada. Nenhum jogador, nenhum diretor, nenhum presidente, nenhum treinador, nada. Então nós temos de funcionar dessa forma. E esta é a lição, a grande lição, quando tu vês na final da Champions, meninos de 19 anos, contratados ao Rennes, que vêm da base e que não são tão bons jogadores como o Mbappé, ou se calhar não são, mas que fizeram o que fizeram. Fizeram uma verdadeira equipe”, analisou.

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“O Atlético de Madrid e o Simeone é exatamente isto há mais anos. É aquela equipe que chegou a Madrid, é aquele treinador que chegou a Madrid, e que passado pouco tempo conseguiu ganhar um campeonato, tendo valores, a nível individual, inferiores até ao Real Madrid e ao Barcelona. E conseguiu ser campeão e conseguir a final de Champions etc. Pela força do coletivo. Eu também vi uma semana do Simeone a trabalhar in loco, e percebi de imediato o que é aquela força de que ninguém está acima do coletivo. Portanto, é isso que me preocupa. Enquanto treinador, vou encontrar não um conjunto de jogadores, mas vou encontrar dois coletivos muito fortes. E é isso que nós temos de contrariar. Como? Com aquilo que eu estou a tentar aqui também. Um coletivo muito forte. Ninguém acima do coletivo. Quanto ao Seattle, joga em casa. Na teoria, vamos voltar ao mesmo, na teoria é o adversário mais acessível, comparativamente com os três. Mas isso é a teoria. Joga em casa, joga para o seu público, numa liga que de fato não é tão forte como a liga brasileira. Mas, quando a bola começa a correr são 11 contra 11. Portanto, vamos olhar com o mesmo respeito e a mesma capacidade de trabalho que os outros dois jogos”, encerrou.

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