Rossi virou símbolo de garra argentina no Flamengo
Peça essencial na classificação do Flamengo para as semifinais da Libertadores, Rossi voltou a ser o nome da noite ao defender dois pênaltis diante do Estudiantes, em plena Argentina. Dessa forma, o goleiro, que acumula títulos e atuações seguras desde 2023, vive a fase mais sólida da carreira e revela de onde vem parte de sua motivação: do lendário Ubaldo Fillol, ídolo argentino que brilhou com a camisa rubro-negra nos anos 1980.
Natural de Buenos Aires, Fillol marcou época no futebol mundial com atuações memoráveis pela seleção argentina e pelo próprio Flamengo. Contudo, mesmo após uma passagem curta, entre 1983 e 1985, o “Pato” construiu forte relação com a torcida carioca e, décadas depois, confessou ao compatriota Rossi o arrependimento por ter deixado o clube tão cedo.
Rossi contou que as palavras de Fillol o marcaram profundamente.
“Passou muito tempo desde que ele esteve aqui. Agora que estou vivendo o que é o Flamengo de verdade. Quando cheguei, ele me disse que se arrependia muito de ter saído. E o Flamengo já era grande. Hoje é maior ainda. É algo inexplicável estar aqui”, revelou o goleiro ao ge.
Momento marcante no Ninho do Urubu
O encontro entre os dois aconteceu este ano, quando Fillol visitou o Ninho do Urubu como convidado do Racing para a Recopa Sul-Americana. Durante a visita, o ex-goleiro presenteou Rossi com uma réplica da camisa que usou na Copa do Mundo de 1978, um gesto que reforçou a conexão entre gerações de arqueiros argentinos.
Desde então, Rossi tem carregado o “amuleto” e a inspiração do compatriota. “Essa influência dos goleiros argentinos aqui há muito tempo não acontecia. Estar aqui me deixa muito feliz pela história do futebol brasileiro, do Flamengo e dos goleiros argentinos no Mengão”, destacou o camisa 1.
O argentino soma 130 partidas, 65 delas sem sofrer gols. Um feito impressionante que o coloca entre os goleiros mais regulares do país.
Aliás, antes dele, apenas três goleiros argentinos vestiram o Manto: Eusébio Chamorro (1953), Rogelio Domínguez (1968–69) e o próprio Fillol. O retorno de um arqueiro estrangeiro ao gol do Flamengo, após 38 anos, reforça o peso simbólico de Rossi na história recente do clube.

Encontro de Rossi e Fillol no Flamengo. Foto: Gilvan de Souza / Flamengo
Números e foco total na Libertadores
Por fim, com 77 vitórias, 31 empates e apenas 22 derrotas, Rossi apresenta aproveitamento de 67,2%. Seu estilo moderno, com saídas de bola precisas e comunicação constante com os companheiros, transformou o sistema defensivo rubro-negro em um dos mais consistentes da América do Sul.

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