Cicinho liga sinal de alerta no Flamengo
O Flamengo se prepara para mais uma decisão na Libertadores, mas, antes da bola rolar no Maracanã, o clube já recebeu um alerta importante. O ex-lateral Cicinho, campeão mundial pelo São Paulo e atual comentarista do programa Jogo Aberto, da Band, demonstrou preocupação com o desempenho da equipe comandada por Filipe Luís na atual edição da competição. Segundo o ex-jogador, o rendimento apresentado até o momento gera dúvidas sobre a capacidade do time rubro-negro de alcançar a grande final.
De acordo com o ex-lateral, o Flamengo não mostrou a consistência esperada de um elenco tão qualificado. Ele destacou que o clube sofreu mais do que deveria na fase de grupos e não demonstrou o domínio que o elenco permite. “O Flamengo tem que ter tirado lições. A dificuldade que o time encontrou nessa Libertadores, com o elenco que tem, não é normal. Era para ter passado em primeiro lugar com tranquilidade. Não havia necessidade de sofrer tanto”, afirmou.
Diferença de rendimento em casa e fora
Além disso, Cicinho chamou atenção para um problema recorrente: a instabilidade fora do Rio. Segundo ele, o Flamengo joga em alto nível no Maracanã, mas não mantém o mesmo padrão longe da torcida. “O Flamengo tem tido dificuldade para administrar resultados. Em casa, faz grandes jogos. Mas fora de casa, o time cai muito. Se o primeiro jogo fosse lá e o segundo aqui, eu diria que estaria classificado. Agora, jogando o segundo fora, tenho minhas dúvidas”, alertou o comentarista.
Contudo, o ex-jogador acredita que a equipe rubro-negra tem totais condições de vencer o Racing, desde que saiba lidar com a pressão. Para ele, o maior desafio está no controle emocional e na capacidade de reagir em momentos adversos, algo que o Flamengo ainda não domina plenamente.
Portanto, mesmo após eliminar Internacional e Estudiantes, o caminho até a semifinal foi turbulento. O Flamengo alternou boas atuações com jogos abaixo da crítica, e a classificação contra os argentinos veio apenas nos pênaltis. Na ocasião, Rossi foi o herói ao defender duas cobranças, garantindo a vaga, mas deixando no ar a sensação de fragilidade coletiva.

Estudiantes x Flamengo nas quartas de final da Libertadores. Foto: Marcelo Endelli/Getty Images
Necessidade de mais união e problemas na defesa
Cicinho reforçou que o talento individual não será suficiente em um torneio tão equilibrado. Segundo ele, o time precisa jogar com espírito coletivo e disciplina tática. “O elenco é muito bom, mas o time precisa jogar como grupo. Libertadores se vence com força coletiva, não com nomes”, observou o ex-jogador.

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Entretanto, o técnico Filipe Luís ainda lida com dúvidas na zaga. Léo Ortiz tenta se recuperar de uma lesão na perna direita e pode ser relacionado, enquanto Cebolinha segue fora, em tratamento. O treinador busca soluções para equilibrar um elenco talentoso, mas emocionalmente instável, diante do maior desafio da temporada.




