Flamengo iniciou com cautela
Primeiramente, o Flamengo iniciou a partida de forma cautelosa, sob orientação de Filipe Luís para valorizar a posse de bola e evitar riscos na transição defensiva. A proposta, porém, esbarrou na intensidade do Estudiantes, que pressionava alto e forçava erros na saída.
O Rubro-Negro mostrava pouca coordenação entre meio e ataque, com jogadores distantes e sem aproximação para criar linhas de passe. Ainda assim, a estratégia de segurar o ímpeto argentino funcionou em parte, pois a equipe adversária abusava de finalizações apressadas e demorava a encontrar clareza no último passe.
Na reta final da etapa inicial, Filipe Luís tentou ajustar a equipe com maior cadência, buscando explorar Pedro como referência na área. Esse movimento deu ao Flamengo momentos de maior controle, mas a falta de agressividade na recomposição custou caro. No último lance, Benedetti apareceu livre após lançamento longo e aproveitou a desatenção coletiva para marcar, revelando uma vulnerabilidade que já vinha se desenhando desde os minutos iniciais.
Estratégia de Filipe Luís esbarra em nervosismo
Após o intervalo, a estratégia de Filipe Luís foi ousar no domínio territorial. O Flamengo avançou as linhas, manteve a posse no campo ofensivo e buscou acelerar pelas pontas, mas pecou na tomada de decisão e insistiu em jogadas previsíveis.
O nervosismo aflorou em erros técnicos, como o lance em que Luiz Araújo desarmou acidentalmente Saúl. Essa falta de clareza no ataque expôs a equipe a contra-ataques perigosos, embora o VAR tenha anulado o segundo gol de Benedetti. O desenho tático indicava uma superioridade posicional, mas a execução travava no último terço.

Estudiantes x Flamengo pela Libertadores 2025. (Foto: Marcelo Endelli/Getty Images)
Flamengo segurou e garantiu a vaga nos pênaltis
Por fim, com o tempo correndo, Filipe Luís insistiu em dar volume ofensivo e manter a equipe instalada no campo adversário, confiando na solidez defensiva e em Rossi para evitar sustos maiores. A estratégia foi suficiente para segurar o 1 a 0 e levar a decisão para os pênaltis.

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Ali, a confiança em Rossi se justificou: o goleiro defendeu as batidas de Benedetti e Ascacibar, transformando a falha do primeiro tempo em redenção. Com cobranças seguras de Jorginho, Luiz Araújo, Carrascal e Léo Pereira, o Flamengo carimbou a vaga para a semifinal, onde enfrentará o Racing.




