VAR de Botafogo x São Paulo causou polêmica
Botafogo e São Paulo empataram por 2 a 2 nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, e o jogo ganhou ainda mais repercussão após a Confederação Brasileira de Futebol divulgar o áudio da conversa entre o árbitro principal e a equipe do VAR.
A entidade liberou a gravação que mostra, em detalhes, a comunicação durante o polêmico lance envolvendo um pênalti inicialmente marcado para o clube carioca, mas posteriormente anulado após revisão.
Um dos lances mais polêmicos da partida envolveu a revisão do pênalti inicialmente assinalado de Alan Franco sobre Cuiabano, que acabou sendo invalidado após análise.
Assim, no material divulgado, é possível acompanhar em detalhes a troca de informações entre a equipe do VAR e o árbitro Davi de Oliveira Lacerda, responsável pela condução do jogo.
“Ele deu pênalti. Checando… Quero ver se tem um pisão. Estou vendo tanto em cima quanto embaixo. Não tem contato do defensor no pé do atacante. O atacante vem arrastando a perna e bate na perna do defensor. Não é uma carga em cima. Ele se joga. Não é (pênalti). Ele vem arrastando o pé e se joga — diz Rodrigo D’Alonso Ferreira, árbitro de vídeo da partida.
Análise no VAR
Inicialmente, o árbitro Davi de Oliveira Lacerda interpretou o lance como infração ao considerar que Alan Franco, defensor do São Paulo, teria entrelaçado a perna de Cuiabano, lateral do Botafogo, dentro da área. Essa percepção levou à marcação da penalidade, que logo depois foi submetida à análise do VAR para uma revisão mais minuciosa do lance.
“O preto (em referência à camisa de Cuiabano, do Botafogo) chega na frente, e o branco (em referência à camisa de Alan Franco, do São Paulo) trança a perna dele, impossibilitando do preto chegar na bola”, disse.
Lance polêmico em Botafogo x São Paulo. Foto: Reprodução
Anulou a marcação do pênalti
Ao observar o lance, o árbitro de vídeo manifestou discordância quanto à decisão de campo e solicitou a revisão na cabine do VAR. Davi de Oliveira Lacerda, então, pediu imagens de diferentes ângulos para avaliar melhor o ocorrido. Após analisar cuidadosamente as repetições, ele reconsiderou sua interpretação inicial e optou por anular a marcação do pênalti.
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“Quero ver o contato embaixo, quem provoca o contato. O branco já pisou e tem o contato com o pé do preto. O pé do preto bate com o pé do branco, que já está no chão. O branco já chegou e tem o pé do preto que bate no pé do branco. Estou revogando minha decisão. Marcando tiro de meta porque a jogada aconteceu ali. A bola já tinha saído.”
