Clima quente no Flamengo x Bahia Maracanã
A derrota doBahia para o Flamengo por 1 a 0, no último sábado (10), foi marcada por fortes declarações do técnico Rogério Ceni. O duelo, disputado no Maracanã e válido pelo Campeonato Brasileiro, deixou o comandante tricolor visivelmente incomodado com a atuação da arbitragem. Mesmo com um elenco alternativo em campo, o Tricolor de Aço não saiu satisfeito com o resultado, e muito menos com o apito.
Daronco na mira de Ceni
Na entrevista coletiva concedida após a partida, Ceni direcionou suas críticas ao árbitro Anderson Daronco. A principal queixa do técnico baiano foi a forma como os acréscimos foram administrados na etapa final. Para ele, o juiz não teve firmeza em controlar o tempo de maneira justa. “Foi 13 de acréscimo porque ele (Daronco) segurou muitos minutos no chão. Segundo a falta de coragem do árbitro de dar mais minutos depois de já ter levantado a placa. Então, desses 18 minutos, mais ou menos uns 60% foram de jogo parado. Do Rossi, que é experiente e gasta muito tempo no tiro de meta, e de várias formas”, disparou.
A crítica direta ao tempo perdido evidencia a frustração do treinador, que sentiu que a equipe não teve oportunidade real de buscar o empate. Ceni sugeriu que a arbitragem não coibiu o antijogo, permitindo que o Flamengo administrasse a vantagem com tranquilidade nos minutos finais.
VAR também não escapou
Outro ponto que irritou o técnico do Bahia foi a atuação do árbitro de vídeo. Na parte final do confronto, o VAR recomendou a revisão de um possível pênalti a favor do Flamengo, o que levou Daronco até o monitor. Após a análise, o árbitro optou por não marcar a infração, mas o episódio foi suficiente para deixar Ceni ainda mais indignado com a condução da arbitragem como um todo.
“E ainda tem o lance do VAR, que tenta encontrar um pênalti onde não existe pênalti, para dar aquela esfriada que é tradicional aqui no Maracanã. Aquela tranquilizada no jogo, aí depois o jogador cai, juiz não dá mais acréscimo. Então, dos 18 minutos que você se refere, 13 tenham sido gastos pela arbitragem”, acrescentou o treinador, visivelmente contrariado.

A fala de Rogério Ceni revela uma crítica ampla ao que ele enxerga como favorecimento indireto ao adversário em grandes palcos como o Maracanã. Segundo ele, a condução da arbitragem acaba tirando o ritmo das partidas em momentos cruciais.
Com o resultado, o Bahia permaneceu com 12 pontos e caiu para a sexta posição na tabela, mas a pontuação ainda pode ser superada por outras equipes ao longo da rodada. O time baiano agora se prepara para tentar reencontrar o caminho das vitórias nas próximas rodadas.

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Seja no campo ou fora dele, o técnico tricolor deixou claro que não pretende se calar quando considerar que sua equipe foi prejudicada. A coletiva no Maracanã serviu como desabafo, e, quem sabe, como recado à arbitragem para os próximos compromissos.