Santos x Fortaleza
O Santos voltou a campo neste sábado (1º), na Vila Belmiro, e empatou com o Fortaleza em 1 a 1, mas o desempenho de Benjamín Rollheiser voltou a ser um dos temas mais comentados da partida. O meia argentino, que custou caro aos cofres santistas, teve atuação discreta e foi substituído ainda no intervalo por Tiquinho Soares, deixando o gramado sob vaias e críticas intensas das arquibancadas e das redes sociais.
Durante o primeiro tempo, Rollheiser até apareceu em dois lances de perigo, ambos desperdiçados. Aos 12 minutos, perdeu uma grande chance após cruzamento rasteiro de Zé Rafael, mandando para fora de dentro da área. Pouco depois, aos 25, recebeu bom passe de João Schmidt e arriscou chute de fora, novamente sem direção. Fora esses momentos isolados, o camisa 10 mostrou pouca inspiração, errou passes simples e não conseguiu se conectar com Neymar e Lautaro Díaz, responsáveis pela criação ofensiva.
Atuação abaixo do esperado de Rollheiser
O argentino, que chegou ao Santos com status de organizador de jogadas, tem acumulado partidas em que pouco influencia o ritmo do time. Diante do Fortaleza, Rollheiser perdeu duelos no meio-campo e travou transições ofensivas com conduções lentas, o que gerou impaciência imediata da torcida. Aos 30 minutos, chegou a ser desarmado no ataque, gerando contra-ataque perigoso de Breno Lopes, lance que quase terminou em gol do Leão.
Nos bastidores, o clima é de preocupação. A diretoria vê o meia longe do desempenho que justificou o investimento milionário, e o técnico parece ter perdido a paciência: ao retornar para o segundo tempo, o argentino já não estava em campo. A mudança, com a entrada de Tiquinho Soares, deu mais movimentação ao ataque santista e coincidiu com o empate do Peixe, mesmo que o gol tenha saído em lance contra de Bruno Pacheco.
Após o apito final da partida direta contra o rebaixamento, as reações nas redes socias foram contundentes. “Rolleiser não vale 65 milhões!”, disseram torcedores. Muitos pediram que o técnico teste Thaciano ou até Victor Hugo na função de armador, alegando que o argentino “não agrega em nada” ao esquema. A paciência parece ter se esgotado, e o meia, antes visto como aposta técnica, hoje simboliza a frustração com o setor criativo da equipe.
Rolleiser ainda tem contrato longo e respaldo de parte da diretoria, mas o cenário começa a mudar. Caso mantenha atuações apagadas e sem influência direta em gols ou assistências, o argentino pode perder espaço de forma definitiva. A Vila Belmiro, que já recebeu craques consagrados no meio-campo, parece impaciente com quem veste a camisa 10 sem entregar protagonismo.

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Opinão do Antenados no Futebol
É evidente que o argentino tem qualidade técnica, mas lhe falta intensidade, leitura de jogo e, sobretudo, vontade de assumir o comando criativo do Santos. Em um elenco que carece de referências no meio, sua apatia pesa mais do que os erros técnicos. Se não reagir logo, corre o risco de se tornar símbolo de uma era de contratações caras e pouco eficientes, algo que o torcedor santista já não tolera mais.




