A disputa entre John Textor e a Eagle Football Holdings pelo controle da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo segue sem acordo, gerando incerteza sobre o planejamento do clube para a temporada de 2026. A situação foi resumida pelo jornalista Sérgio Santana no podcast “GE Botafogo”.
Impasse entre Textor e Eagle
Santana destacou que a estabilidade entre os acionistas não foi alcançada, descrevendo a situação como um cabo de guerra: “Estabilidade ainda não tem entre Textor e Eagle, segue a briga. Cada lado puxando a corda para si. Textor em busca de dinheiro, de investidor, e por outro lado a Eagle, que tem as ações do Botafogo, que afirma, e segue afirmando, que não vai seguir com todo esse investimento pesado que o clube se acostumou nos últimos dois anos enquanto o Textor não abrir o clube, não mostrar as finanças do clube e meio que falar”, explicou o jornalista
A exigência da Eagle passa pelo acesso às informações financeiras detalhadas do Botafogo, o que implicaria em Textor ceder parte do controle sobre o dia a dia e as finanças do clube.

John Textor CEO do Botafogo durante partida contra o Corinthians – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
Paralelamente à disputa na SAF, o clube social também está em ação. O presidente do clube social, João Paulo Magalhães Lins, realizou reuniões com acionistas da Eagle na tentativa de mapear o futuro do Botafogo sem a gestão de Textor. No entanto, o jornalista ressaltou que ainda não há informações concretas ou decisões firmes.
Prognóstico de Resolução Demorada
Sérgio Santana considera que uma solução a curto prazo é improvável. Ele classificou o cenário como uma “briga de cachorro grande”, envolvendo grandes somas financeiras.
“Eu acredito que vai demorar ainda um pouco para ter uma notícia concreta, seja para o lado pró-Textor ou para o lado contra Textor, porque é uma briga de cachorro grande. A gente está falando de muito dinheiro”, ponderou Santana.

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O jornalista ressaltou que o Botafogo se tornou um ativo importante no mercado financeiro, devido à sua tradição, à reinvenção mercadológica e aos resultados recentes, como a conquista de dois títulos na temporada e o destaque de seus jogadores em convocações. Essa importância do ativo gera disputas complexas que, segundo ele, não são resolvidas rapidamente.




