O episódio ocorreu durante partida da Copa Sul-Americana, entre os mineiros e o Atlético Bucaramanga

A Conmebol decidiu abrir investigação sobre caso de injúria racial envolvendo o lateral-esquerdo Caio Paulista, do Atlético-MG. Durante o jogo contra o Bucaramanga, pela Copa Sul-Americana, o jogador foi vítima de insultos racistas, enquanto se dirigia ao vestiário com o restante dos jogadores.

Foram os primeiros 90 minutos dos playoffs, que decidirá quem irá avançar às oitavas de final da competição.  A partida foi realizada no Estádio Américo Montanin e o torcedor foi identificado e detido após cometer um ato de injúria racial contra o jogador alvinegro. 

Ainda no estádio, a diretoria do Atlético-MG registrou um boletim de ocorrência. Além disso, o clube utilizou as suas redes sociais para publicar uma nota de repúdio sobre casos de racismo que, infelizmente, acontecem com frequência no futebol, cobrando uma postura da entidade do futebol continental.

Caio Paulista jogador do Atletico-MG durante partida. Foto: Luiz Erbes/AGIF

Investigação em andamento

De acordo com informações, o episódio de injúria racial consta no relato dos oficiais da partida. Vale destacar que a investigação pode forçar a possibilidade de abertura do procedimento disciplinar contra o Atlético Bucaramanga. O momento da injúria racial, aliás, foi registrado pelo Galo.

“Lamentavelmente, mais um caso de injúria racial em competição sul-americana! O atleta Caio foi vítima de ofensas racistas no jogo desta noite, em Bucaramanga, na Colômbia. Foi feito o Boletim de Ocorrência, e o torcedor foi identificado e preso. O Atlético seguirá acompanhando o caso. Essa situação é revoltante e precisa acabar de uma vez por todas! Até quando teremos que conviver com esse absurdo? Até quando?!!! Força, Caio. Estamos com você!”, publicou o clube.

Hulk também cobra punições

Autor do gol que deu a vantagem ao Galo, o atacante Hulk também se manifestou após a partida cobrando punições mais drásticas da Conmebol para episódios que envolvam qualquer tipo de preconceito.

“Não adianta a gente bater de frente, brigar, fazer campanha contra o racismo. É triste, é frustrante. A punição tem que ser mais severa”, desabafou.