Alerta para Pedrinho
O presidente do Vasco, Pedrinho, já sabe que a situação financeira do clube exige atenção máxima. Um novo relatório detalhado sobre a saúde econômica dos clubes da elite do futebol brasileiro revelou que o Cruzmaltino está operando sob um alerta quase vermelho.
A análise, apresentada no estudo “Convocados 2025”, desenvolvido pela Convocados Gestora de Ativos de Futebol em parceria com a OutField Inc. e patrocinado pela Galapagos Capital, mostra cenários distintos entre os clubes da Série A. A situação do Vasco, segundo os dados, está entre as mais preocupantes.
Clubes brasileiros em crise
Em entrevista ao CNN Esportes S/A, Pedro Oliveira, cofundador da OutField, e Joel La Banca, sócio e diretor da Galapagos Capital, foram taxativos ao destacar os clubes que estão sob risco elevado. “O Corinthians é um dos que mais preocupa. O Inter também é um clube que se alavancou bastante recentemente, sobretudo investindo em elenco com os recursos vindos do investidor”, afirmou Pedro.
Diagnostico das finanças do Vasco
Logo em seguida, veio o alerta que chega diretamente a São Januário. “Entre os principais clubes do Brasil, além do Corinthians, os faróis amarelos, quase vermelhos, também se acendem para Inter, Santos e Vasco da Gama.”
O diagnóstico é claro: o Vasco está no grupo dos clubes com finanças sob pressão, exigindo uma reavaliação urgente de suas estratégias administrativas. Mesmo com a chegada da SAF e a busca por reorganização, os sinais apontam que a recuperação ainda está longe de consolidada.
Crescimento da receita para os clubes brasileiro
Mesmo com a perspectiva de crescimento nas receitas dos clubes brasileiros, impulsionado por patrocínios de casas de apostas e expansão de receitas com torcedores, o relatório deixa claro que isso não basta para quem vive uma realidade orçamentária no limite.
“A tendência é que as receitas continuem aumentando. Até porque já temos um crescimento praticamente contratado com os patrocínios das empresas de apostas. Muitos dos grandes contratos foram assinados no fim do ano passado, após a regulamentação. Então, 2025 já deve registrar os 12 meses completos com efeito das casas de apostas. Além disso, o mercado brasileiro vive um momento interessante de crescimento nas receitas B2C, bilheteria e sócio-torcedor. O Brasil deu um salto significativo de 2022 para 2023, e repetimos esse salto de 2023 para 2024. Isso mostra que estamos conseguindo rentabilizar melhor a relação entre torcedor e clube, o que deriva de um tratamento melhor ao fã no estádio e no consumo de produtos do clube”, explicou o cofundador da OutField.

RJ – RIO DE JANEIRO – 31/05/2025 – BRASILEIRO A 2025, VASCO X BRAGANTINO – Torcida do Vasco durante partida contra Bragantino no estadio Sao Januario pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
As vendas de jogadores continuam sendo uma das principais fontes de receita dos clubes, e o Vasco, como celeiro tradicional, também depende desse fluxo. “A tendência é que isso continue crescendo. E a venda de atletas segue sendo uma parte fundamental. O Brasil é o grande celeiro do mundo em formação de jogadores. Claro que esperamos que essa curva comece a se inverter em algum momento, mas hoje, sem dúvida, ela representa quase 25% da receita dos clubes. É natural que continue assim por um tempo”, completou Oliveira.

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No entanto, o relatório deixa um aviso incisivo para clubes que não fazem o dever de casa. “Se nada mudar, em quatro ou cinco anos, vamos ter problemas graves. Mas, sendo otimista, com a formação da liga, o fair play financeiro, a entrada de novos investidores e interlocutores, a tendência é de melhora.”
Diante desse panorama, Pedrinho tem nas mãos uma missão que vai além do campo: reorganizar, equilibrar contas e reposicionar o Vasco em um cenário que, no momento, ainda é de alto risco.




