Corinthians tenta reorganizar as contas enquanto o déficit cresce
Os números mais recentes divulgados pelo Corinthians acenderam o sinal de alerta no Parque São Jorge. O clube encerrou os primeiros nove meses de 2025 com um resultado bem distante do planejado pelas mãos do presidente Osmar Stabile. O acumulado negativo alcançou a marca de R$ 180,1 milhões, valor mais que duplicado em relação à expectativa apresentada durante a revisão orçamentária.
Enquanto isso, a dívida total segue mantida no patamar que assusta torcedores e especialistas. Somando o clube e o financiamento da Neo Química Arena, o montante permanece próximo de R$ 2,7 bilhões, sem sinais de redução no curto prazo.
Sinais de pressão e necessidade de reação
A operação corintiana mostra uma disparidade que explica o cenário atual. Entre janeiro e setembro, a receita operacional líquida foi de R$ 546 milhões, mas os gastos ultrapassaram essa barreira e chegaram a R$ 584,9 milhões. A comercialização de atletas trouxe R$ 105 milhões, mas as despesas financeiras de R$ 159,3 milhões ampliaram ainda mais o rombo.
O resultado negativo vem crescendo mês a mês e aumentou de forma expressiva no segundo semestre. Diante disso, a administração aposta na entrada de valores de televisão da Liga Forte União para tentar diminuir a dor até o último dia do ano. Paralelamente, o clube finalizou o planejamento de 2026 com previsão otimista de superávit de R$ 12 milhões.

Osmar Stabile Presidente do Corinthians durante partida contra o Cruzeiro no estadio Mineirao pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF
Além do desafio econômico, Osmar Stabile precisa lidar com questionamentos do Ministério Público sobre possíveis interferências externas na condução do clube.
A renegociação do patrocínio máster também aparece como ponto crucial para frear o avanço da dívida e aproximar as contas de um cenário minimamente saudável.

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Opinião da redação do Antenados no Futebol
Os dados apresentados reforçam que o Corinthians precisa de disciplina absoluta em sua gestão financeira. É positivo ver uma projeção de superávit para 2026, mas ela só se tornará realidade se o clube for capaz de tomar decisões consistentes e rápidas. A dívida é muito grande e qualquer erro na condução administrativa pode comprometer o futuro esportivo. A transparência e o controle de custos devem ser prioridade máxima.




