“Temos que competir nas nossas regras”
Os clubes brasileiros analisam o mercado da bola em busca de reforços para o segundo semestre. É o caso do Grêmio. No entanto, o Imortal esbarra na limitação financeira. O Tricolor precisa lidar com um orçamento mais modesto em relação a clubes como Palmeiras e Flamengo, por exemplo.
Atualmente, o clube porto-alegrense não adotou o modelo de SAF e não possui as receitas robustas de outras equipes relevantes do futebol brasileiro. Isso impacta na disputa por reforços. A equipe de Mano Menezes corre por fora na busca por novos jogadores.
Recentemente, o técnico do Grêmio concedeu entrevista para o jornal Correio do Povo. Na conversa, o treinador comentou a diferença entre as condições financeiras de sua equipe com a do Flamengo: “Não podemos competir com o Flamengo nas regras do Flamengo. Temos que competir nas nossas regras”, destacou.
Além do clube carioca, o comandante gremista também citou o Palmeiras. Segundo ele, o Rubro-Negro sempre teve faturamento superior e também conta com a organização administrativa. Isso acarreta ainda mais a disparidade.
“Já existe uma disparidade muito grande, financeiramente, principalmente de Palmeiras e o Flamengo, para o resto dos outros. O Flamengo só está mais organizado. E, com isso, se distancia”, reforçou.
Mano Menezes durante coletiva pós-jogo do Grêmio. Foto: Maxi Franzoi/AGIF
Caminho para o Grêmio
Com a limitação financeira, o Grêmio não pode ir pelo caminho das contratações caras. O clube precisa de estrutura, planejamento e continuidade. O técnico indica a construção de um projeto sólido, que consiga gerar resultados mesmo com um orçamento menor.
“Temos que competir com outros argumentos. Com organização, com bom planejamento, com um projeto que vá além de uma temporada. Nossos presidentes precisam pensar além de suas gestões. Com menos gastos e mais aproveitamento dos recursos, podemos chegar onde eles estão”, explicou.
Os clubes com mais dinheiro estão atuando mais agressivamente no mercado da bola. Enquanto isso, o Tricolor Gaúcho precisa agir com cautela e inteligência. No segundo semestre, a equipe deve apostar em jogadores da base, contratações estratégicas e um elenco bem ajustado.
