Sediar um evento não é uma missão fácil. É preciso ter controle sobre inúmeros quesitos para que tudo ocorra conforme planejado e acima de tudo, com segurança. Tendo isso em mente, os organizadores da Copa do Mundo do Catar investiram em um sistema digno da NASA para ter controle sobre tudo que vai acontecer nos 28 dias de mundial.
Para ter uma ideia, os técnicos terão controle das portas, as comunicações com os espectadores e as imagens das 15 mil câmeras dos oito estádios que vão receber jogos da competição mais importante da modalidade. Além disso, de acordo com os envolvidos, será possível detectar desde um vazamento no banheiro a um problema de segurança e todos os incidentes suscetíveis a perturbar a normalidade nos estádios serão geridos de maneira centralizada em um único lugar.
Os organizadores do primeiro Mundial em um país árabe, que investiram mais de US$ 6 bilhões em infraestrutura, têm também como objetivo fazer com que seu centro de controle se transforme a partir de agora em uma referência para os principais eventos esportivos internacionais.
Com a expectativa de receber mais de 1 milhão de pessoas nas quatro semanas do torneio, acesso menos restrito do que o normal a bebidas alcoólicas no país e até quatro jogos por dia na fase de grupos, o centro de comando localizado no complexo do estádio Khalifa em Doha terá um papel de destaque.
“Aconteça o que acontecer, temos uma resposta. Enquanto não houver danos materiais e ninguém estiver ferido, nos limitaremos a observar. Devemos direcionar e gerenciar tudo o que se refere aos prejuízos materiais ou às pessoas. Um estádio pode ser evacuado e nós podemos proteger o perímetro ao redor de outro e impedir que as pessoas entrem. O que se vê aqui é um novo padrão, uma nova tendência na exploração dos estádios. É a contribuição do Catar para o mundo do esporte. O que se vê aqui é o futuro”, afirmou Niyas Abdulrahiman, responsável técnico deste centro de controle.
