Brilho técnico em meio à oscilação coletiva
O Cruzeiro venceu o Fortaleza por 1 a 0 neste sábado (18), no Mineirão, em partida válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar do placar magro, a atuação de Matheus Pereira foi novamente tema de debate entre torcedores e analistas. O camisa 10 foi o centro das atenções: responsável por organizar o meio-campo, mas também por desperdiçar oportunidades e forçar jogadas de efeito que irritaram parte da torcida.
Mesmo com momentos de oscilação, Pereira participou ativamente da construção ofensiva. Foram três passes decisivos, dois cruzamentos certos e quatro dribles tentados, com duas finalizações bloqueadas. Seu envolvimento no ataque manteve o Cruzeiro no campo ofensivo, ainda que nem todas as tentativas tenham resultado em lances efetivos.
Entre elogios e críticas no Cruzeiro x Fortaleza
Nas arquibancadas e nas redes sociais, a divisão foi evidente. Enquanto alguns exaltaram a entrega e a técnica refinada do jogador — “o que joga Matheus Pereira é sacanagem”, escreveu um torcedor —, outros demonstraram impaciência com o estilo arriscado. “Matheus Pereira toda hora tenta uma jogada plástica, acertou nenhuma hoje e fica tentando ainda”, desabafou outro cruzeirense.
O contraste também reflete a própria fase do Cruzeiro. O time, que alterna boas atuações com momentos de instabilidade, depende fortemente do meia para criar. Quando ele acerta, o Cruzeiro flui. Quando erra, o time perde ritmo e Leonardo Jardim parece sem alternativas ofensivas.
Matheus Pereira líder técnico
Apesar das críticas, Matheus Pereira continua sendo o motor criativo da equipe. Ele liderou o time em toques na bola (82) e passes certos (58), além de participar diretamente da jogada que originou o gol de Christian. Em diversos momentos, foi o responsável por atrair a marcação e abrir espaços para os atacantes.
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Por outro lado, o camisa 10 mostrou dificuldade em decidir objetivamente. Em pelo menos duas oportunidades claras, hesitou no arremate, preferindo passes ou jogadas de efeito. A indecisão virou alvo de ironias entre os torcedores: “É o primeiro camisa 10 que vejo que tem medo de chutar a bola”, publicou um deles.
Matheus Pereira mantém o status de principal nome técnico do Cruzeiro, mas ainda busca equilíbrio entre criatividade e objetividade. Sua capacidade de quebrar linhas e prender a bola é um trunfo, mas o excesso de individualismo e a insistência em lances plásticos continuam minando parte de seu rendimento. No fim, o resultado positivo alivia a pressão e reforça a importância do meia no projeto da Raposa.
