Corinthians vê rival novamente enfrentando a Justiça
O Flamengo se vê novamente no centro de uma disputa judicial. Desta vez, o impasse gira em torno da transferência do goleiro Hugo Souza para o Corinthians, realizada em 2024. O empresário Gilmar Veloz, responsável por intermediar a negociação, entrou com uma ação alegando que o clube carioca não cumpriu com a primeira parcela da comissão acordada.
A empresa de Veloz, a World of FootBall Assessoria Esportiva Ltda., acionou a Justiça após a suposta inadimplência. Segundo os documentos apresentados, o Flamengo deveria ter pago R$ 90.007,28 referentes à primeira parte da comissão combinada. O valor já conta com correção monetária e juros. A Justiça do Rio de Janeiro determinou um prazo de três dias, a partir da notificação, para que o clube quite o débito.
Comissão parcelada até 2026
A negociação de Hugo Souza envolveu quatro parcelas de 14 mil euros, totalizando 56 mil euros, o que equivale a pouco mais de R$ 357 mil. O valor foi estabelecido ainda durante o empréstimo firmado em 2024. Após a transferência definitiva, confirmada em janeiro de 2025, o contrato manteve a divisão do pagamento com vencimentos programados para junho deste ano, além de janeiro e junho de 2026.
Mesmo com o novo contrato em vigor, Gilmar Veloz afirma que o Flamengo voltou a apresentar atrasos. Segundo ele, nem mesmo a primeira parcela da venda definitiva foi paga no prazo. “O Flamengo atrasou inclusive a primeira parcela do pagamento referente à venda definitiva de Hugo Souza”, consta na petição inicial protocolada por sua empresa.
Reincidência empresário de Hugo Souza
O histórico entre o agente e o clube carioca não é recente. Em 2023, Veloz já havia acionado o Flamengo na Justiça por conta de uma dívida relacionada à chegada do técnico Tite. O argumento central, novamente, é o descumprimento de cláusulas contratuais previamente acordadas. O empresário afirma que existe um padrão de atraso por parte da atual diretoria.
Embora esta nova ação trate apenas da primeira parcela da comissão, Veloz sinalizou que poderá ampliar o processo caso os demais pagamentos também atrasem. A segunda parcela está prevista para o fim de junho, o que aumenta a tensão sobre o desfecho da situação.

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Caso o clube não cumpra com os prazos restantes, o valor da dívida pode crescer consideravelmente. Além disso, o episódio alimenta um debate recorrente sobre a organização financeira dos grandes clubes brasileiros e o respeito aos compromissos firmados com empresários do setor.