Sport de Pepa em rota de colisão
A principal deficiência do Sport, segundo o comentarista Danny Morais, é a falta de imprevisibilidade em seu jogo. Ele analisou os tropeços do Leão nas quatro partidas mais relevantes da temporada, incluindo a eliminação precoce na primeira fase da Copa do Brasil, após a derrota para o Operário de Várzea Grande-MT, na última terça-feira.
Os outros reveses ocorreram nos clássicos contra Santa Cruz e Náutico, pelo Campeonato Pernambucano, além do duelo regional contra o Fortaleza, pela Copa do Nordeste. Em todas essas ocasiões, o Sport saiu derrotado.
“O Sport do Pepa se torna um pouco previsível. Esses jogos têm uma característica em comum. As quatro equipes abriram mão do jogo e só marcaram o Sport, que não conseguiu criar jogadas, fazer coisas diferentes para criar esses espaços“, afirmou o comentarista.
Outro aspecto destacado por Morais envolve as escolhas do técnico Pepa na escalação da equipe. Dessa forma, o treinador tem adotado um rodízio entre os jogadores, decisão que gerou debates e até manifestações de irritação do português em entrevistas coletivas, quando questionado sobre o tema.
Insistência em Antônio Carlos
“Pepa tem as escolhas dele. Por exemplo, Antônio Carlos (zagueiro) não vem performando tão bem e continua jogando. Gustavo Maia (atacante) não entrou (contra o Operário) e vinha entrando bem.
Então tem algumas coisas que a gente fica se perguntando dentro desse rodízio. O rodízio não é só do Pepa, com certeza é uma questão junto com a diretoria. Se não for, tá errado. Geralmente é alinhado, mas as escolhas são feitas por Pepa.”
Danny Morais destacou a falta de alternativas no setor ofensivo do Sport e atribuiu a maior responsabilidade a Pepa. No entanto, ele enfatizou que os jogadores também têm parcela de culpa no novo tropeço em uma partida decisiva da temporada.
Antônio Carlos, jogador do Sport. Foto: Marlon Costa/AGIF
Pepa precisa inovar
Agora, Pepa precisa encontrar soluções dentro de um elenco reformulado, que recebeu 14 reforços para a temporada. Além disso, o treinador deve buscar mais variações no setor ofensivo, alterando peças e explorando alternativas que dificultem a marcação dos adversários. Por fim, o momento exige que o Sport abandone a previsibilidade e adote estratégias menos óbvias para surpreender seus rivais.
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