Gol anulado gera revolta no empate entre Sport e Fortaleza na Ilha do Retiro
A arbitragem brasileira voltou a ser centro das atenções neste sábado (26), na Ilha do Retiro, no duelo entre Sport Recife x Fortaleza. O jogo protagonizou mais um episódio de polêmica que envolve clubes do Nordeste nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.
Durante o empate em 0 a 0 entre Sport e Fortaleza, um lance gerou grande indignação no segundo tempo. Aos 29 minutos, Yago Pikachu acertou um forte chute que bateu no travessão e ultrapassou a linha do gol, fato percebido pelos atletas do Fortaleza e pela maioria dos torcedores que assistiam à partida. Apesar da clara impressão de que a bola havia cruzado a linha, o árbitro Matheus Delgado não validou o lance em campo.
Após ser acionado pelo VAR, o árbitro levou mais de oito minutos revisando as imagens. Mesmo com a longa análise, Matheus decidiu manter sua marcação inicial, alegando que o lance não oferecia provas conclusivas para a confirmação do gol. Além disso, ao retornar ao gramado, ele sinalizou um possível toque de mão do atacante Lucero no momento da jogada, reforçando a decisão de anular o possível tento do Fortaleza.
Durante a transmissão oficial, o quarto árbitro informou que as imagens captadas não apresentavam clareza suficiente para modificar a decisão de campo. A explicação, no entanto, não acalmou os ânimos dos jogadores do time cearense, que deixaram o campo visivelmente irritados com o desfecho da situação.
Tinga não se calou e criticou arbitragem
Após o apito final, o lateral Tinga falou à imprensa e não escondeu sua frustração. O jogador demonstrou preocupação com o nível da arbitragem no país e lamentou a anulação do gol, que poderia ter dado uma importante vitória ao Fortaleza fora de casa.
Com o empate, tanto Sport quanto Fortaleza seguem pressionados na tabela e sabem que precisam reagir rapidamente para não se complicar ainda mais no decorrer do Brasileirão.
O que disse o lateral e zagueiro?
“As imagens da TV dizem que foi gol. Ele levou ali (para analisar o lance) sete ou oito minutos. Ele falou que o VAR não tinha nenhuma câmera conclusiva. A gente fica à mercê da tecnologia que, na Europa, usa uma bola com chip e que o relógio já valida o gol”, disse.
“Nós estamos muito atrás. A gente vem de um torneio da Conmebol em que o VAR é muito mais rápido. Temos sempre que prestar mais atenção e cuidar do Campeonato Brasileiro. Estamos num momento difícil e um resultado com três pontos ia valer muito para nós, e ele prejudicou a gente. Como não tem imagens conclusivas, fica o resultado do campo, em que ele não deu o gol. Não sei quais as imagens tem do VAR. Não pode ter jogo de campeonato se não tem uma câmera exclusiva que dá o gol. A gente fica preocupado com o futebol brasileiro”, finalizou.
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