Capitão decisivo nas penalidades
No Gre-Nal 448, disputado neste domingo (21) no Beira-Rio, Alan Patrick voltou a ser o responsável por colocar o Internacional em vantagem. O meia converteu dois pênaltis com frieza e qualidade, garantindo os gols colorados em um primeiro tempo de muita emoção. Diante da pressão de um clássico, mostrou segurança na batida e assumiu o papel de líder técnico, mas, no terceiro pênalti para o Colorado, o jogador acertou a trave e deu o triunfo ao rival.
Alan Patrick tem protagonismo limitado fora da bola parada
Apesar da eficiência em duas penalidades, Alan Patrick teve uma atuação discreta durante a bola rolando. O camisa 10 pouco apareceu na criação de jogadas e foi ofuscado pela marcação gremista. Nos momentos em que o Inter tentou acelerar, principalmente com Carbonero e Borré, sua participação foi restrita, aparecendo mais como coadjuvante do que como articulador principal.
Além do último pênalti perdido, em lances cruciais, sua tomada de decisão pesou negativamente. O cruzamento mal executado no primeiro tempo originou a jogada que terminou no gol gremista. Mais tarde, em nova tentativa, acabou se desfazendo da bola sem efetividade, o que rendeu críticas da torcida, que esperava mais lucidez do capitão em um clássico de tamanha intensidade.
A postura de Alan Patrick gerou questionamentos após o apito final. Mesmo sendo o artilheiro da equipe na temporada, muitos torcedores enxergam um desempenho limitado, sustentado principalmente nas bolas paradas. No Gre-Nal, a sensação foi a mesma: apesar dos dois gols, o meia pouco agregou na construção e deixou a desejar em momentos de pressão ofensiva.
Líder técnico, mas sob cobrança no Internacional
Do minuto da expulsão de Arthur Melo até os acréscimos, o Internacional teve posse de bola, mas Alan Patrick apareceu apenas em cobranças de escanteio. Com mais espaço e superioridade numérica, o time não conseguiu aproveitar a vantagem justamente por falta de protagonismo criativo do seu principal jogador.
A liderança de Alan Patrick dentro do elenco é incontestável, mas o desempenho em campo abre debate. O capitão mostrou personalidade ao assumir as penalidades, porém ficou devendo em intensidade, mobilidade e presença na organização ofensiva e ainda errou quando em um momento que não cabia falhas.

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No fim, a atuação de Alan Patrick contra o Grêmio foi um retrato do seu momento no Internacional: irregular quando o time precisa de alguém para comandar o meio-campo e ser decisivo.




