Paiva demitido do Botafogo
O Botafogo surpreendeu seus torcedores nesta segunda-feira (30) ao anunciar a demissão do técnico Renato Paiva. A saída do português foi oficializada após a eliminação do clube nas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes, quando o Glorioso foi derrotado por 1×0 pelo Palmeiras e se despediu da competição precocemente.
Apesar do revés em campo, um dos pontos que geraram especulações nos bastidores alvinegros foi a possível interferência de John Textor, dono da SAF do Botafogo, nas decisões técnicas da equipe.
Abriu o jogo
O empresário norte-americano não vinha concordando com algumas das escolhas de Paiva na escalação titular, o que poderia ter influenciado. Em entrevista ao jornalista Paulo Vinícius Coelho (PVC), do portal UOL, Renato Paiva negou qualquer ingerência direta de Textor nas decisões sobre o time e reafirmou sua autonomia técnica no comando do elenco.
“Interferir na escalação, diretamente, comigo não. Porque ele, ou qualquer presidente, ou diretor que disser ‘tem que jogar este ao invés deste’, no segundo a seguir, ele fica sem treinador”, iniciou.
“Tenho 23 anos de trajetórias, 23 anos que me trouxeram até aqui, e vai ser assim que vou morrer. Ele não gostava de algumas opções, transmitia aos diretores. Não gostar é legítimo. Mas dizer ‘jogue este ao invés deste’, não. Isso nunca fez, nem tinha hipótese”, disse Paiva.
PASADENA, CALIFORNIA – JUNE 19: Botafogo FR Head Coach Renato Paiva celebrates victory after the FIFA Club World Cup 2025 group B match between Paris Saint-Germain FC and Botafogo FR at Rose Bowl Stadium on June 19, 2025 in Pasadena, California. (Photo by Stu Forster/Getty Images)
Não gostava, mas não interferia
Ainda segundo Paiva, apesar das divergências pontuais sobre escolhas de jogadores, o respeito profissional foi mantido por ambas as partes durante sua passagem no clube.
“Nunca tive presidente ou diretor que dissesse ‘vai ter de jogar este no lugar deste’, nunca. Perguntam: ‘Mas este, por quê? Este não seria melhor?’ Mas, no final, respeitam. Este mandava recado pelos diretores, mas não interferia diretamente na escalação. Podia não gostar, ele às vezes não gostava de uma ou outra opção, mas a mim ele não disse”, continuou.
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“Interferência direta não teve, nem ele, nem ninguém. Nunca, nunca vai ter, porque, como eu te disse: no segundo seguinte, eu vou-me embora e digo para ele treinar. Já que ele quer ser treinador, treine ele”, concluiu Paiva.
