Clima quente no Botafogo
O Botafogo enfrenta clima de tensão após entrevista de Artur Jorge ao “Abre Aspas”, do portal “GE”, publicada nesta sexta-feira (13). O conteúdo da entrevista desagradou ao empresário John Textor, acionista da SAF do clube, que utilizou os stories em seu Instagram para criticar severamente o treinador português. Textor acusou Artur Jorge de falta de transparência ao abordar sua saída do Botafogo ao final da vitoriosa temporada de 2024.
Logo após a repercussão da entrevista, Textor fez questão de alfinetar: “Se você não quer que a verdade venha à tona, deveria se calar. Neste instante, no Super Mundial de Clubes, só há espaço para os Escolhidos”, escreveu o dirigente ao compartilhar o conteúdo nas redes sociais.
Durante a entrevista ao “GE”, Artur Jorge afirmou que havia possibilidade de permanecer no comando do Botafogo, mas ressaltou que “não houve abertura” para iniciar tratativas com o Al-Rayyan, clube do Catar que atualmente comanda.
Salário de Artur Jorge era baixo?
Conforme relatado, as conversas com os cataris teriam ocorrido antes mesmo do encerramento do Campeonato Brasileiro e da Libertadores. Além disso, o treinador destacou que, à época, recebia um dos salários mais baixos entre os técnicos da elite do futebol nacional. Aliás, o português recebia cerca de R$ 1 milhão por mês no time carioca.
Contudo, a discordância entre as partes evidencia a falta de alinhamento nas versões apresentadas, alimentando especulações sobre os reais motivos que culminaram na saída do técnico. A postura crítica de John Textor nas redes sociais reforça a tensão que ocorreu entre o desligamento de Artur Jorge com o Glorioso.

Artur Jorge falou novamente sobre o Botafogo. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF.
Veja o que Artur Jorge disse
“Não era iminente a minha saída. Há aqui uma questão que eu percebo. Há uma versão, que normalmente é a versão que fica, que é a colocada na imprensa. Mas isto acontece em todos os temas, não é só no futebol. Há uma versão só. E nós não temos, às vezes, nem vontade nem tempo para ampliar e mostrar que há sempre mais do que uma versão. Abrindo para poder desmistificar isso um pouco, eu sempre tive o meu projeto de Botafogo como minha grande prioridade”, disse.

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“Eu também não vou dizer que tenha ficado satisfeito por sair, porque eu sei que tinha mais para ganhar aqui. Mas da mesma forma que nós precisamos ser consistentes durante uma temporada, enquanto equipe, precisamos de consistência de projeto para dar continuidade àquilo que queremos e à forma como queremos atacar objetivos seguintes”, completou.