Bahia empata na Sul-Americana e terá decisão na Colômbia
Em uma noite de expectativa na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, o Bahia recebeu o América de Cali pelo confronto de ida dos playoffs da Copa Sul-Americana. Com um time alternativo em campo, o Esquadrão de Aço não conseguiu furar a defesa colombiana e terminou empatando por 0 a 0, levando a definição da vaga para a Colômbia. Agora, o time precisa vencer fora de casa ou buscar um novo empate para decidir nos pênaltis.
Rogério Ceni justifica mudanças
Após a partida, o técnico Rogério Ceni explicou o motivo das sete alterações no time titular. Segundo ele, o desgaste físico e o risco de lesões pesaram na decisão de preservar nomes como Everton Ribeiro, Jean Lucas e Caio Alexandre. O treinador também abordou a importância de Willian José, que ficou de fora por conta de uma entorse no tornozelo. O substituto, Lucho Rodríguez, teve uma atuação discreta e não conseguiu marcar.
“As trocas são devido a parte física. Se a gente repetisse o mesmo time três vezes em seis dias a chance de lesão aumentaria muito. Nosso elenco tem capacidade de mostrar qualquer tipo de jogo, principalmente o meio de campo. No ataque uma lesão tirou o Willian. A gente fez o melhor que podia. Os jogadores são capacitados para isso. Contra um time que defende em linha baixa, o Willian fez falta para fazer mais presença na área. Mesmo assim tivemos chances de vencer a partida”, analisou o técnico.
Elenco versátil e confiança para o duelo decisivo
Apesar do empate sem gols, Rogério evitou apontar reservas e reforçou que enxerga o elenco como formado por múltiplos titulares. A versatilidade do grupo foi elogiada, mesmo com a falta de efetividade ofensiva. Segundo ele, jogadores como Michel, Nico e Cauly mantêm alto nível, o que permite alternar a escalação conforme o contexto de cada jogo.
“Não considero reservas, todos são titulares. Nico é importante, Michel vem sendo importante. Cauly tem sido titular. Não vejo assim, Gabriel Xavier titular ano passado, Arias briga por titularidade”, completou Ceni, valorizando o grupo à disposição.
Em relação à ausência de Willian José, o técnico explicou que o estilo do atacante poderia ter sido um diferencial no duelo contra o time colombiano, que atuou com uma postura bastante defensiva. O pivô e a presença física dentro da área, segundo ele, fariam diferença no ataque tricolor.
“Willian faz muita falta, principalmente quando o adversário joga em linha baixa. Ele pode fazer o pivô, tem muita técnica. Willian José acho improvável [para enfrentar o Fortaleza]. Não era jogo de atacar espaço. Marcos Felipe ficou no gol porque ele é goleiro”, disse, com uma pitada de ironia ao justificar a escalação do goleiro.
No próximo sábado, o Bahia volta a campo pelo Brasileirão, encarando o Fortaleza, no Castelão, em mais um desafio exigente para o elenco. A previsão é que Willian José siga como desfalque, o que pode forçar novamente uma mudança no setor ofensivo.
Por fim, Ceni fez questão de destacar que o empate em casa não determina o fim da trajetória na Sul-Americana. Ele acredita que a classificação pode vir fora de casa, mesmo com o ambiente hostil que a equipe deve enfrentar em Cali.

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“Não foi um jogo fora de série, mas tivemos controle. Nos faltou um pouco de sorte e capricho. O jogo não acabou, continua fora de casa. Podemos conseguir a classificação fora de casa, não vejo isso como impossível”, encerrou o comandante tricolor.




