Fluminense x Lanús
O Fluminense recebeu o Lanús no Maracanã, nesta terça-feira (23), precisando reverter a derrota sofrida na Argentina pelas quartas de final da Copa Sul-Americana de 2025.
A equipe de Renato Gaúcho começou em ritmo intenso, criando chances claras com Everaldo e Lucho Acosta. Foi então que Agustín Canobbio chamou a responsabilidade e marcou um golaço de voleio, colocando fogo no confronto. No entanto, o técnico tricolor acabou sendo bastante xingado pela torcida, devido às escolhas táticas na eliminação da equipe.
Escalação mais ofensiva e tentativa de reação
Renato Gaúcho decidiu ousar no Maracanã. A ausência de Nonato, lesionado, abriu espaço para Lucho Acosta, armador de características ofensivas. A ideia foi aumentar a criatividade no meio e explorar os lados do campo com Keno e Canobbio. A aposta rendeu frutos cedo: em jogada trabalhada pela esquerda, Acosta ajeitou de cabeça e Canobbio marcou um golaço de voleio, incendiando o estádio e recolocando o Fluminense na disputa.
O início intenso foi a cara do time de Renato: posse de bola, velocidade e pressão pelos flancos. O Flu rondava a área argentina, criando boas oportunidades, mas também começava a expor uma fragilidade conhecida, os espaços cedidos para contra-ataques.
Falhas na execução e riscos defensivos
Apesar da postura agressiva, o time mostrou desorganização defensiva em momentos cruciais. O setor de meio-campo, sem equilíbrio adequado entre marcação e criação, deixou brechas para as escapadas rápidas do Lanús. Bou e Salvio tiveram chances claras, aproveitando erros de posicionamento e a lentidão da recomposição tricolor.
Renato tentou ajustar no segundo tempo, mas as mudanças trouxeram ainda mais críticas. As entradas de John Kennedy e Keno não surtiram efeito imediato, enquanto a saída de Acosta, que vinha sendo participativo, foi recebida com vaias da arquibancada. O público, impaciente, chegou a chamar o treinador de “burro”, demonstrando insatisfação com a condução da partida.
Substituições contestadas e pressão no cargo
A reta final foi marcada pela queda de rendimento do Fluminense. O gol de Aquino, aproveitando falha de Renê, expôs de vez as fragilidades do time e deixou o Maracanã em silêncio. A partir daí, o Lanús se fechou, dificultando qualquer tentativa de reação tricolor.
As escolhas de Renato Gaúcho, especialmente no segundo tempo, se tornaram o principal alvo das críticas. O treinador mexeu no setor criativo justamente quando o Flu precisava manter o ímpeto ofensivo, e as substituições acabaram desestruturando a equipe. A torcida não perdoou, cobrando de forma dura ao final do jogo.
No balanço geral, a estratégia de Renato mostrou coragem ao apostar em um time ofensivo, mas pecou pela execução e pelo desequilíbrio entre ataque e defesa. A derrota deixou claro que o Fluminense ainda não encontrou consistência, e o técnico sai do confronto sob forte pressão.
