Desconforto e falta de espaço no elenco principal
A saída de Matheus Gonçalves para o Al Ahli, da Arábia Saudita, não se deu apenas por questões de mercado. Segundo o diretor da base do Flamengo, Alfredo Almeida, o próprio jogador já não se sentia confortável com a falta de espaço no time principal. Em entrevista ao Barbacast, o dirigente revelou que a situação pesou na decisão final de transferi-lo.
“O próprio Matheus Gonçalves não estava confortável, na opinião dele, pela falta de oportunidades na equipe profissional. Ele teve oportunidades. Muitas vezes a pergunta que eu faço quando questionam por que o Matheus Gonçalves não joga mais? ‘Tiras quem’? O elenco é tão recheado, tão bom, tão qualificado…”, afirmou Alfredo Almeida.
Comparações e contexto no Flamengo atual
O dirigente também ressaltou que a atual conjuntura do clube influenciou diretamente nas oportunidades dadas ao jovem. Para ele, em outro momento, a realidade poderia ter sido diferente. “É um achismo meu, mas se calhar esse Lorran e esse Matheus Gonçalves, em outros Flamengos, outras alturas, se calhar era outra janela de oportunidades que podia haver, outro tipo de elenco, outra forma de jogar… Não quer dizer que não tenham talento”, analisou.
A fala reforça que a dificuldade não estava ligada à capacidade técnica do atleta, mas sim ao nível elevado de concorrência no atual elenco rubro-negro.
Negócio aprovado e confiança no futuro do jogador
Ao comentar sobre a transferência, Alfredo Almeida destacou que a negociação foi benéfica para todas as partes. “Matheus Gonçalves tem talento. Se calhar vai ser bom para todas as partes: parte financeira para o Flamengo, para o Matheus Gonçalves e para quem o agencia que tem uma oportunidade de valorizar mais. A nível de negócio foi bom para todos, acima de tudo para o Matheus. Acho que ele vai ser feliz onde está”, completou.
Revelado na base rubro-negra, Matheus Gonçalves foi destaque no sub-20, mas não conseguiu firmar sequência com o time principal. Em quatro anos, disputou 54 jogos e marcou seis gols.
A despedida do atacante aconteceu no dia 23 de agosto, durante a final do Intercontinental contra o Barcelona. O Flamengo venceu o duelo e garantiu o título, em um jogo que marcou o último ato do jovem com a camisa rubro-negra.