Vantagem construída e estratégia conservadora de Dorival
Neste domingo (14), Corinthians x Cruzeiro se enfrentaram pelo jogo decisivo válido pela semifinal da Copa do Brasil, na Neo Química Arena. O Timão entrou em campo com a vantagem de ter vencido o primeiro jogo contra o Cruzeiro, fora de casa.
Mesmo com a vantagem no agregado, o Corinthians encontrou dificuldades para conter o ímpeto do Cruzeiro, que se lançou ao ataque desde os primeiros minutos. A equipe mineira explorou principalmente as bolas aéreas e as transições rápidas, conseguindo equilibrar o confronto e levar perigo constante, enquanto o time paulista apresentava dificuldades na saída de bola e na recomposição.
Ao longo da partida, Dorival Júnior optou por manter sua estrutura base por um longo período, mesmo diante da queda de rendimento de alguns jogadores. A demora nas substituições passou a ser um ponto de tensão, especialmente com o avanço do Cruzeiro no placar, o que acabou levando o duelo para uma situação limite, exigindo maior reação emocional do elenco corintiano.
Mudanças tardias no Corinthians e decisão nos pênaltis
No segundo tempo, o Corinthians passou a ter mais presença ofensiva e conseguiu reagir em momentos-chave, principalmente nas bolas paradas e nos cruzamentos, mantendo o confronto vivo até o apito final. Ainda assim, a equipe não conseguiu evitar que a decisão fosse levada para os pênaltis, cenário que aumentou a pressão sobre o treinador e os jogadores.
A gestão emocional passou a ser tão importante quanto a tática. Dorival apostou na experiência e na confiança em seus atletas, mesmo sob forte contestação das arquibancadas. A permanência de Yuri Alberto em campo até o fim foi um dos pontos mais debatidos, simbolizando a opção do técnico por bancar suas escolhas até as últimas consequências.
“A estratégia do Dorival Júnior foi manter o Yuri Alberto em campo pra perder o pênalti. Não existe outra justificativa.” A frase reflete o clima de nervosismo e indignação de parte da torcida, que acompanhou a partida em constante tensão e com críticas diretas às decisões tomadas à beira do gramado.
Opinião da Redação do Antenados no Futebol
Dorival Júnior alcançou o objetivo principal, que era a classificação, mas o caminho escolhido deixou questionamentos importantes. A vantagem construída no primeiro jogo permitia um controle maior da partida, mas a postura excessivamente conservadora e a demora nas substituições alimentaram críticas como “estamos pagando pela burrice de dorival jr que escala querendo poupar, toma gol e ainda demora a substituir como se estivesse tudo bem”, além do desabafo “Eu estou a ponto de ter um INFARTO e o Dorival Jr não tira o Yuri Alberto que não jogou porcaria nenhuma, nada, nadinha.” O Corinthians está na final, mas o alerta está ligado.
