Polêmica no Botafogo
A situação do Botafogo nesta temporada está bastante complicada, especialmente pelas constantes turbulências envolvendo John Textor, dono da SAF do clube. Nos últimos dias, o Botafogo associativo obteve uma medida judicial que impede a venda de jogadores sem autorização prévia do clube social e do tribunal, aumentando ainda mais a tensão interna. Mas um novo capítulo polêmico veio à tona.
Em entrevista ao Globo Esporte, o ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, fez uma grave acusação ao afirmar que Textor teria recorrido a um agiota para conseguir dinheiro e pagar a folha salarial dos jogadores.
“A gente não sabe, não vê números, ele não mostra, não quer mostrar. Uma auditoria foi feita e a gente não sabe de nada, o clube social não sabe de nada. Então, a gente ouve histórias bárbaras. De que está pegando dinheiro de agiota, pagando juros de 10% ao mês, cara. Para pagar folha. Isso está confirmado, aconteceu“, disse o ex-presidente do Botafogo.
“Muitas parcelas de jogadores que foram comprados estão vencendo agora, no primeiro semestre de 2026 e estão sem dinheiro. Muitos parcelamentos que foram feitos, do Profut, da parte trabalhista, que, se não pagar, volta para o valor original. O orçamento fica comprometido, porque não sabe se vai ter dinheiro. Enquanto os sócios estão brigando, a gente não sabe se vai ter dinheiro”, alertou.
Resposta de Textor
Procurado pelo Globo Esporte, John Textor negou que tenha pegado dinheiro com um agiota. O empresário segue enfrentando desgaste com o Botafogo associativo, que acusa a Eagle Football Holdings de usar a SAF do Botafogo como suporte financeiro ao Lyon, outro clube administrado por Textor.
Mesmo com as negativas, o cenário para 2026 segue instável. Com o bloqueio judicial que impede a venda de atletas sem aprovação do clube social, o orçamento da próxima temporada pode ser comprometido, dificultando o planejamento de futebol e ampliando a pressão interna.
Opinião do Antenados no Futebol
A SAF do Botafogo, apesar do título conquistado em 2024, atravessa um período de intensa turbulência. A falta de transparência tem sido o ponto central de conflito entre torcedores, associação e a gestão de John Textor. Acusações desse nível podem gerar processos judiciais e ampliam o desgaste entre as partes, reforçando a necessidade de um desfecho claro e transparente para o futuro do clube.