Bastidores da briga no Vasco entre Romário e Edmundo
Abuda decidiu revisitar sua passagem pelo Vasco e o ex-atacante reacendeu uma das histórias mais tensas do vestiário cruz-maltino. Em nova entrevista, ele revelou episódios marcados pelo choque de personalidades entre Romário e Edmundo, figuras que dividiam liderança e criavam um ambiente inflamado no clube.
Contudo, Abuda explicou que a convivência com os dois ídolos beirava o impossível. “O ambiente era pesado demais. Romário treinava e comandava, enquanto Edmundo ficava na dele”, contou. Ele recordou uma cena simbólica: Romário chamava o grupo para o campo, mas Edmundo seguia no vestiário, jogando damas tranquilamente, antes de fazer exercícios isolados atrás do gol.
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Portanto, o ex-atacante afirmou que o distanciamento entre os ídolos refletia nos treinos. “O Edmundo não fazia rachão, não chegava perto. Era cada um no seu canto”, destacou. A partir dali, segundo Abuda, o vestiário passou a andar sobre uma corda bamba.
O jogo que mudou tudo
Logo depois, Abuda detalhou o episódio que detonou a saída de Romário. Ele começou no banco contra o Botafogo, com o Vasco perdendo por 2 a 0. Romário, que assistia ao jogo no camarote, entrou no vestiário no intervalo e ordenou: “Bota o Abuda no lugar do Alan Kardec”. O atacante entrou, participou das jogadas dos dois gols e ajudou no empate parcial.
Em seguida, Abuda contou que Romário decidiu torná-lo titular na rodada seguinte. Ele treinou toda a semana no time principal. Entretanto, no dia da partida, ouviu que iria para o banco e Romário simplesmente não apareceu. “Eu não entendi nada”, disse o ex-atacante.
Mais tarde, Abuda descobriu o motivo. “O Romário pediu para sair. O Eurico queria o Alan Kardec de volta como titular”, revelou. A interferência da diretoria irritou o Baixinho, que optou por deixar o Vasco após o episódio. “Nunca imaginei que minha entrada em campo causaria uma ruptura tão grande”, comentou.
Registro de Abuda nos tempos de Vasco da Gama — Foto: Reprodução
Carreira pós-Vasco e novos rumos
Além disso, Abuda afirmou que segue firme no futebol aos 39 anos. Ele acertou com o Oratório para a temporada de 2026 e relembrou passagens por Corinthians, Alemanha, Bélgica, Japão e clubes do Maranhão. Mesmo longe dos holofotes, ele reconhece que o período no Vasco marcou sua trajetória como poucos momentos.
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Por fim, o ex-jogador disse que guarda lembranças intensas daquele vestiário. “Muita coisa ali nunca veio à tona. Era um ambiente forte, diferente”, concluiu. As histórias, segundo ele, ainda ecoam entre os que viveram um dos períodos mais turbulentos do Vasco nos anos 2000.
