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Presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch solta o verbo sobre dívida do Corinthians por Raniele: “Ídolo sem pagar”

Presidente do Cuibá critica inadimplência de clubes da elite e cobra ação mais rápida da CBF.

Raniele jogador do Corinthians durante partida contra o Vasco no estadio Arena Corinthians pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
© Marcello Zambrana/AGIFRaniele jogador do Corinthians durante partida contra o Vasco no estadio Arena Corinthians pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Corinthians e dívidas com o Cuiabá

Antes do duelo entre Cuiabá e Goiás, pela 36ª rodada da Série B, o presidente do Dourado, Cristiano Dresch, voltou a demonstrar indignação com clubes da elite do futebol brasileiro que ainda não quitaram pendências financeiras com o time mato-grossense. Em entrevista à ESPN, o dirigente desabafou sobre a falta de compromisso de grandes equipes, como o Corinthians, e os impactos que isso causa no planejamento do clube.

Dresch destacou o caso do Corinthians, que contratou Raniele no início de 2024, mas pagou apenas uma pequena parte do valor acordado. Segundo ele, o clube paulista ainda deve cerca de R$ 19 milhões. “Nós vendemos o Raniele para o Corinthians, esperando receber, o Corinthians utilizou um jogador, que hoje é um ídolo do clube, sem pagar. O Corinthians começou a pagar este ano, recebemos só R$ 1,4 milhão de R$ 19 milhões. Isso atrapalha bastante, e não só o Cuiabá, atrapalha todas as equipes”, declarou.

Sistema lento e falhas na regulamentação

O presidente criticou também a lentidão dos órgãos responsáveis por julgar disputas financeiras entre clubes, apontando falhas estruturais na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD). “O Corinthians, a partir do momento que consegue ficar na Série A mais um ano, utilizando de um elenco que não pagou, está se aproveitando de uma falha no sistema. A gente precisa, o mais rápido possível, investir nas estruturas que já existem no futebol brasileiro, que é a CNRD, por exemplo, para que ela consiga trabalhar mais rápido, julgar os casos mais rápido, têm casos que levam três anos para serem resolvidos, que podem ser resolvidos em três meses”, completou.

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Além do Corinthians, Dresch mencionou o Santos e o Atlético-MG como clubes devedores. Segundo ele, ambos ainda não quitaram valores referentes a negociações anteriores. O dirigente citou, inclusive, um jogador vendido ao Atlético-MG que teve papel importante na campanha do time mineiro na Libertadores do ano passado.

Impacto direto nas finanças do Cuiabá

O mandatário do Dourado afirmou que as dívidas acumuladas afetam diretamente a saúde financeira da equipe. “A gente tem o Santos que nos deve, é um caso que está parado na CNRD, esperando que o Santos seja notificado novamente. Tem o Atlético-MG, que comprou um jogador nosso, que foi decisivo na Libertadores do ano passado, fez gols que levaram eles à final, venderam para o Fortaleza e já receberam mais da metade do valor da venda, pagaram só uma entrada irrisória para a gente, de R$ 500 mil, e vai começar a pagar parcelado para a gente em seis vezes em novembro”, relatou.

Dresch enfatizou que não se trata apenas de uma reclamação, mas de uma questão de sobrevivência financeira. “É óbvio que isso atrapalha um clube de um tamanho do Cuiabá. Eu, como dono do clube, eu tenho que vir expor, eu tenho legitimidade para cobrar qualquer um que me deve, isso está me atrapalhando, está atrapalhando o nosso projeto”, acrescentou.

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Por fim, o presidente do Cuiabá pediu uma postura mais firme da Confederação Brasileira de Futebol. Ele defende que a CBF fortaleça a CNRD e agilize os processos que envolvem disputas financeiras entre clubes. “É um déficit no caixa que a gente já teve que assumir, captar empréstimos para manter o fluxo de caixa do clube. É uma coisa que precisa ser revista, a gente precisa que a CBF olhe com mais carinho para a CNRD, aumente o fluxo de pessoas lá dentro, para fazer esses processos andarem mais rápido”, concluiu Dresch.

O discurso do dirigente ecoa uma preocupação recorrente entre clubes de menor investimento: a dificuldade de competir em um cenário onde os grandes acumulam dívidas, utilizam jogadores sem pagar e ainda assim mantêm vantagens esportivas. O caso expõe a urgência de uma revisão profunda no sistema de resolução de conflitos do futebol brasileiro.

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