Botafogo e o retorno de Marçal
A volta do lateral-esquerdo ao Botafogo teve um início curioso. Enquanto acompanhava uma partida do time carioca pela televisão, Marçal recebeu uma mensagem inesperada de John Textor. O dono da SAF foi direto e escreveu: “está fazendo falta”. A frase simples reacendeu no jogador a chama de vestir novamente a camisa alvinegra.
Naquele momento, o atleta já se via longe do clube. “De fato, estava me despedindo (no fim de 2024). Nós não tínhamos conversado sobre uma renovação. E eu já estava pensando: ‘vou tirar umas férias aqui, vou tentar evitar estaduais aí’. Na minha cabeça, né?”.
Portas fechadas em outros clubes
No período em que permaneceu sem contrato, Marçal chegou a ser procurado por várias equipes, mas nada avançou de forma consistente. “Muita coisa foi acontecendo naqueles dois meses e meio ali, quase três meses que eu fiquei sem clube. Muitos clubes ligaram, mas nenhum de fato… Você liga para o colega e pergunta: ‘como está aí?’. E ele responde: ‘tá ruim’. Aí foi tudo dando errado pra que eu não fechasse em clube nenhum”.
E foi justamente nesse intervalo que o laço com Textor se fortaleceu. “Até um jogo, ou do Carioca ou da Supercopa, chegou a mensagem do John (Textor). Ele falou: ‘Marçal, está fazendo falta’. Eu falei: ‘estou aqui vendo o jogo, podia estar lá’. Vamos ver unir isso daí”.
O sonho em jogo
Segundo o lateral, o acerto não passou por questões financeiras. “Foi engraçado, ele até falou assim: ‘mas as condições são um pouco diferentes e tal’. Eu falei: ‘não quero saber de condições, não, eu estou aqui, gosto do Botafogo e quero voltar’. E aí, deu tudo certo. Ele é maneiro para caramba”.
De volta ao elenco, Marçal já está focado no clássico contra o Vasco, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O confronto de ida terminou em 1 a 1, deixando tudo indefinido para o duelo desta quinta-feira (11), às 21h30, no Estádio Nilton Santos.

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O lateral destacou a relevância do torneio. “Na verdade, não é uma obrigação, é o sonho, né? É o sonho do ano. A gente está com certeza com os olhos na Copa do Brasil. A gente sabe que o Vasco é um time bom, é um time bom pra cacete, é um adversário complicado e é um clássico”.
E completou ressaltando o espírito coletivo do elenco. “Obviamente que o torcedor acompanha, assiste e acaba puxando um pouco para o seu lado. Mas a gente está olhando, obviamente, a Copa do Brasil como… São quatro jogos, né? É sonho, vamos em busca do sonho, esse é o nosso sentimento”.




