Limitações na busca por reforços
A janela de transferências está prestes a se encerrar, no dia 2 de setembro, e o torcedor colorado dificilmente verá novidades de impacto. O Internacional ainda observa o mercado, mas a realidade financeira impõe barreiras quase intransponíveis. A atual gestão também carrega o peso de escolhas recentes que não corresponderam dentro de campo, fator que aumenta a cautela em qualquer movimento.
Nos últimos meses, três jogadores desembarcaram em Porto Alegre: Alan Rodríguez, Richard e Alan Benítez. Entre eles, apenas o primeiro demonstrou sinais de que pode contribuir de forma mais consistente. Não à toa, foi o investimento mais alto da trinca. Os outros dois repetiram um roteiro já conhecido do torcedor: chegam, recebem minutos em campo e não conseguem se firmar.
Contratações que não vingaram no Internacional
O exemplo mais claro está em nomes como Kaique Rocha, Ramon e Diego Rosa, todos anunciados no início da temporada. Nenhum deles conseguiu se consolidar no grupo principal e já seguiram caminhos diferentes em outros clubes. Outro caso emblemático é o de Óscar Romero. Apesar das oportunidades concedidas, a falta de intensidade nos treinos e nas partidas pesou contra sua permanência. Mesmo viajando com a delegação a Belo Horizonte, ele não vem sendo utilizado por Roger Machado e deve ser o próximo a se despedir.
Questionado sobre essas movimentações, o diretor esportivo André Mazzuco procurou contextualizar. “O Kaique Rocha e o Diego Rosa vieram praticamente a custo zero para ocupar espaços pontuais no grupo naquele momento. É difícil analisar se deu certo ou errado. Dentro do nosso contexto, fizeram o que esperávamos”, comentou após a derrota para o Cruzeiro no último sábado.
A situação de Ramon
Na mesma entrevista, Mazzuco também tratou do futuro de Ramon, hoje emprestado ao Vitória, mas que segue vinculado ao Internacional. “O Ramon era um atleta jovem, que não se encaixou e estava perdendo o seu valor. Não podemos esquecer que o Bernabei é quase um titular absoluto. Então, entendemos que ele (Ramon) poderia sair, amadurecer e voltar ao clube no ano que vem”, explicou o dirigente.

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Com esse cenário, de acordo com o Correio do Povo, a tendência é que o Inter encerre o período de transferências sem grandes novidades. A aposta passa a ser na recuperação de peças já presentes no elenco e no crescimento coletivo para a sequência da temporada. Mais do que gastar, o desafio da diretoria será valorizar quem está à disposição e corrigir os erros de escolhas anteriores.
A torcida, por sua vez, espera que o time encontre equilíbrio para manter a competitividade, mesmo sem contratações de peso. A resposta terá de vir de dentro do próprio vestiário.




