Clima no Corinthians está pesado
Nos bastidores do Corinthians, o clima institucional tem se agravado de forma contínua nas últimas semanas. A crise política ganhou novo fôlego após o afastamento de Augusto Melo. Isso acabou impulsionando uma articulação por parte de seus aliados para tentar restabelecê-lo na presidência do clube. Assim, as reviravoltas constantes e novos protagonistas surgem a cada movimentação no cenário alvinegro.
Aliás, dentre os personagens que têm se manifestado publicamente, destaca-se Armando Mendonça, atual vice-presidente do clube. Em entrevista concedida ao jornal Lance!, o dirigente não poupou críticas à administração do mandatário afastado. Dessa forma, segundo ele, o período sob comando de Melo representou um ambiente de desorganização e instabilidade, que classificou como uma verdadeira “baderna”.
Depoimento do Vice do Corinthians
“Na verdade, a ‘baderna’ se iniciou logo no começo da gestão e teve seu auge em dois momentos. O primeiro, quando o Augusto não renunciou ou pediu seu afastamento para preservar a instituição, mesmo indiciado por furtar o Corinthians, em associação com seus comparsas. O segundo, pela tentativa de golpe orquestrada por ele no último dia 31, dois dias que reputo como os mais tristes da história do Corinthians”, disse Mendonça.
“Precisamos deixar claro que a instabilidade política vem das reiteradas condutas de Augusto Melo, que atacam os órgãos internos e insiste em presidir um clube que, de acordo com a polícia, foi saqueado por ele. Em vez de se afastar para tirar o time das páginas policiais, ele insiste em causar o caos”, completou.
A decisão de afastar Augusto Melo da presidência do Corinthians acabou sendo tomada pelo Conselho Deliberativo da agremiação, amparada por um conjunto de denúncias envolvendo possíveis irregularidades em sua gestão.

Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
Acusações graves para Augusto Melo
Portanto, entre as acusações mais graves, destaca-se o envolvimento do ex-presidente no chamado “caso Vaidebet”. Esse episódio envolve o contrato que o clube firmou com uma empresa de apostas, que chegou a atuar como patrocinadora. Nesse contexto, a Polícia Civil começou a investigar Melo por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado.

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Além disso, outro fator determinante para o processo de impeachment foi a rejeição do orçamento previsto para o exercício de 2024. De acordo com os conselheiros, o planejamento financeiro apresentado pela antiga diretoria revelou um aumento considerável na dívida do clube, o que gerou apreensão quanto à sustentabilidade da gestão. Por fim, diante desse cenário, o cargo de presidente passou a ser ocupado de maneira interina por Osmar Stábile, que assumiu a responsabilidade de conduzir a instituição até nova deliberação.