Cruzeiro x Corinthians
A derrota do Cruzeiro por 1 a 0 para o Corinthians, no Mineirão, pela semifinal da Copa do Brasil, expôs problemas claros na estratégia montada pelo técnico Leonardo Jardim. Apesar de momentos de domínio territorial, o time celeste novamente sofreu para transformar posse de bola em chances reais.
O Corinthians, mais direto e agressivo, aproveitou a fragilidade defensiva no lance do gol de Memphis Depay e administrou a vantagem com solidez. As tentativas do Cruzeiro esbarraram em decisões lentas, falhas de execução e um cenário tático que tornou previsível o modo de atacar.
Dificuldades na criação e insistência nas jogadas pelos lados
Com a bola, o plano de Jardim passou muito pela insistência em cruzamentos e infiltrações pelas pontas. Porém, a defesa corintiana neutralizou a maior parte dessas bolas aéreas, obrigando o Cruzeiro a forçar jogadas que raramente resultavam em finalizações limpas.
Mesmo quando conseguiu acelerar, como no chute perigoso de Matheus Pereira aos 15’ do segundo tempo ou na cabeçada de Arroyo logo no início da etapa final, o time pecou na tomada de decisão e na precisão. Outro problema evidente foi a dificuldade em ocupar o meio-campo com presença física e aproximação. Em diversos momentos, o Cruzeiro parecia espaçado demais para criar combinações rápidas.

Jogadores do Cruzeiro durante entrada em campo para partida contra o Corinthians no estadio Mineirao pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Gilson Lobo/AGIF
Escolhas contestadas de Jardim no Cruzeiro
Jardim tentou reconfigurar o time ao longo do segundo tempo, promovendo Lucas Silva, Christian, Arroyo e depois Gabi, mas os ajustes chegaram tarde e não criaram impacto imediato. A escolha de colocar Gabriel (Gabi) aberto mais uma vez, função que a torcida já contestava, também gerou questionamentos. O Cruzeiro passou a pressionar com bolas na área, mas sem articulação interna.
Nas redes sociais, a torcida do Cruzeiro foi direta ao apontar falhas na estratégia do técnico: “Leonardo Jardim também tem sua parcela de culpa”, disse um torcedor. “Fora Leonardo Jardim”, enfatizou outro.
“Leonardo Jardim, se você não teve capacidade de preparar um time que possa jogar com Gabigol e Kaio Jorge nos momentos de aperto, não coloque ele de ponta. Pardalzice que é essa. Se não deu certo em nenhuma das vezes que tentou no ano, porque daria certo hoje?” analisou um torcedor celeste. E não parou por aí: “Leonardo jardim que futebol medíocre em Só bola na área”, “Leonardo Jardim tomou um no tático do fraquíssimo Dorival. Time frouxo”, foram alguns dos muitos comentários.

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Embora Leonardo Jardim tenha construído uma estrutura que dá ao Cruzeiro certo controle territorial, falta identidade ofensiva clara. A equipe depende demais de individualidades e de cruzamentos, tornando-se previsível contra adversários bem organizados. O elenco poderia render mais com variações internas, triangulações e mobilidade entre setores, algo que ainda não apareceu com regularidade nos jogos grandes. Para o duelo de volta, Jardim terá de apresentar mais do que posse de bola: precisará de um plano real para furar defesas e dar ao Cruzeiro um ataque digno da decisão que está pela frente.




