Dorival Júnior e a proposta inicial do Corinthians
O Corinthians saiu da Neo Química Arena com um empate sem gols diante do Vasco na final da Copa do Brasil, resultado que expôs de forma clara as escolhas táticas de Dorival Júnior. Desde o início, o treinador optou por um modelo mais cauteloso, com linhas compactas e prioridade na segurança defensiva, mesmo atuando em casa e com grande apoio da torcida. A ideia era controlar o jogo pelo meio e evitar transições rápidas do adversário, mas o plano acabou limitando a agressividade ofensiva do Timão.
Postura conservadora e dificuldades na criação
Com a bola, o Corinthians apresentou circulação lenta e pouca infiltração. A equipe teve dificuldades para acelerar o jogo e explorar os lados do campo, apostando excessivamente em bolas longas e cruzamentos previsíveis. A falta de aproximação entre meio-campo e ataque fez com que Yuri Alberto ficasse isolado em muitos momentos, enquanto Memphis Depay, antes de sair reclamando, tentou assumir protagonismo sem receber apoio constante. O cenário refletiu um time pouco criativo e distante do gol adversário.
As substituições feitas por Dorival no segundo tempo mantiveram a estrutura defensiva, mas não alteraram o panorama ofensivo. As entradas de Vitinho, André e Dieguinho deram novo fôlego físico, porém não mudaram o desenho tático. O Corinthians seguiu sem pressionar de forma contínua, permitindo que o Vasco administrasse o jogo e até criasse as melhores chances na etapa final.
Leitura do segundo tempo e controle emocional no Corinthians
Mesmo com o jogo mais aberto após o intervalo, o Corinthians não conseguiu impor ritmo. O Vasco passou a ocupar melhor o campo ofensivo, explorando escanteios e bolas aéreas, enquanto o Timão parecia satisfeito em manter o placar zerado. A postura mais reativa ficou evidente nos minutos finais, quando a equipe recuou ainda mais após a saída de Memphis Depay, priorizando o equilíbrio defensivo em vez da busca pela vitória.
A reação nas redes sociais refletiu o incômodo com a atuação. A falta de ousadia e de ajustes mais agressivos pesou na avaliação popular, especialmente em uma decisão disputada em casa. As críticas se intensificaram ao fim da partida, com torcedores questionando a leitura de jogo do treinador e a ausência de um plano alternativo mais ofensivo.
SP – SAO PAULO – 17/12/2025 – COPA DO BRASIL 2025, CORINTHIANS X VASCO – Dorival Junior tecnico do Corinthians cumprimenta Fernando Diniz tecnico do Vasco durante partida contra o Vasco no estadio Arena Corinthians pelo campeonato Copa Do Brasil 2025. Foto: Fabio Giannelli/AGIF
“Acho que o primeiro técnico do Corinthians que toma um nó do Diniz. Bizarro. Em momento NENHUM do jogo o time foi melhor ou ameaçou qualquer pressão. Passividade, zero criatividade… Desanima.”, “Se o Dorival ainda quiser ganhar isso, precisa ser homem e botar o Yuri no banco, ataque tem que ser o Vitinho e Memphis. Vitinho gera muito mais jogo e opções que o Yuri, é muito mais técnico.”
“Independente do resultado de domingo, Dorival deve sair! O time não tem esquema, e pior, não tem comando! Jogadores parecem estar por si mesmos! A cena patética no fim do jogo foi Dorival discutindo com torcedor na entrada do túnel!”, “O MISTER Dorival jogou no lixo 90 minutos em Itaquera com o apoio de quase 50 mil torcedores numa final de copa do Brasil.”
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A estratégia de Dorival Júnior mostrou preocupação excessiva com o risco e pouca ambição para decidir o jogo em casa. Em uma final, especialmente diante da própria torcida, o Corinthians precisava de mais iniciativa, variação tática e coragem nas escolhas. O empate sem gols não foi apenas circunstancial, mas consequência direta de um plano conservador que limitou o potencial do elenco e aumentou a pressão sobre o treinador para a sequência da decisão.
