Vitória do Botafogo
O técnico Fernando Diniz tentou explicar o revés por 2 a 0 diante do Botafogo, no Estádio Mané Garrincha, pelo Campeonato Brasileiro. O treinador do Vasco ressaltou que, apesar da dedicação nos treinos e do empenho do grupo durante a semana, os obstáculos físicos e as decisões equivocadas em campo determinaram o desfecho negativo.
Durante a coletiva, Diniz apontou que os treinos antes do clássico foram produtivos, com alta intensidade e boa resposta dos atletas. Contudo, a semana acabou marcada por contratempos. A fratura de Adson, a lesão muscular de Philippe Coutinho e a torção no tornozelo de Rayan bagunçaram a estrutura da equipe. Segundo o treinador, isso impactou diretamente no desempenho do time. “O que aconteceu nessa última semana, os treinamentos foram muito bons, com treinos muito intensos, os jogadores responderam muito bem. Nessa semana a gente teve a fratura do Adson, o Coutinho sentiu a panturrilha e virou dúvida no meio da semana, o Rayan torceu o tornozelo, também gerou uma certa dúvida.”
Erro estratégico e falhas evitáveis do Vasco
Na visão do técnico, o Vasco começou o jogo equilibrando forças com o adversário, mas perdeu intensidade ainda no primeiro tempo. Com o passar dos minutos, a equipe cedeu espaços e entrou em colapso defensivo. O segundo tempo, marcado por erros próprios e contra-ataques bem executados pelo Botafogo, foi determinante para a derrota. “Acho que o time fez um primeiro tempo equilibrado. Mais para o final do primeiro tempo, a gente já começou a perder um pouco de espaço no campo e ficar um pouco desorganizado. No segundo tempo, a gente tomou um gol cedo.”
Fernando Diniz destacou que as jogadas que resultaram nos gols do rival surgiram a partir de falhas do próprio Vasco. Mesmo reconhecendo que o Botafogo já é conhecido por explorar bem esse tipo de transição ofensiva, o treinador admitiu que a equipe poderia ter evitado os lances. “Aliás, os dois gols do Botafogo e praticamente todas as chances criadas foram erros nossos e jogadas de transições, de contra-ataque. É uma coisa que o Botafogo fazia muito bem já faz algum tempo.”
Autocrítica e promessa de mudanças
Em um momento de autocrítica, Diniz admitiu que a instabilidade na escalação, causada pelas lesões, comprometeu a preparação da equipe durante a semana. Ainda assim, ele reconheceu que isso não deveria servir como justificativa para o baixo rendimento apresentado. “Essa semana, de maneira especial, foi a pior semana nossa de treinamento. Foi uma semana que gerou muita dúvida de escalação, de se o Coutinho ia jogar ou não, e acaba mexendo um pouco com a estrutura que a gente tinha.”
Apesar de reconhecer a responsabilidade pelo resultado, o treinador afirmou que os erros cometidos são pontuais e fáceis de serem corrigidos. O técnico garantiu que ajustes serão feitos para evitar novas falhas em compromissos futuros. “Mas isso não justifica a equipe ter feito o segundo tempo que fez. Acho que a gente jogou muito abaixo do que era para jogar. Eu tenho uma responsabilidade grande nisso e vou corrigir.”

Veja também
Após venda de Igor Jesus, Arthur Cabral deve ser titular no Botafogo contra o Vasco pelo Brasileirão
Por fim, Diniz detalhou os aspectos técnicos que levaram aos gols do Botafogo, ressaltando que não foram fruto de desorganização defensiva, mas de escolhas erradas e lentidão no retorno. “O primeiro gol não, nem foi desorganização. E também nem o segundo foi desorganização. Foi seleção errada de passe e uma demora que a gente não tinha tendo, desde quando eu cheguei aqui, de fazer retorno defensivo.”
A derrota para o Botafogo representa a décima em 14 confrontos do técnico Fernando Diniz diante do rival, um número que simboliza o desafio contínuo do treinador em buscar melhores resultados nos clássicos cariocas.




