Fluminense mantém aposta em Santi Moreno

O Fluminense segue convicto de que Santi Moreno ainda pode render mais com a camisa tricolor. Contratado no meio da temporada, o atacante colombiano teve poucas oportunidades em campo, mas em nenhum momento entrou no radar de uma possível saída. Internamente, a leitura é clara: o investimento foi pensado a médio prazo e o clube não cogita abrir mão do jogador neste momento.

Mesmo com apenas cinco partidas disputadas, Santi é tratado de forma diferente de outros estrangeiros do elenco. Enquanto nomes como Fuentes, Lezcano e Lavega aparecem como possíveis ativos de mercado, o colombiano segue prestigiado pela diretoria e pela comissão técnica, que enxergam potencial ainda pouco explorado.

Adaptação fora de campo vira ponto central no planejamento

A avaliação interna aponta que o principal obstáculo enfrentado por Santi Moreno não foi técnico. O atacante chegou ao Brasil em agosto, sem familiares, e passou a viver sozinho.

O perfil reservado e a mudança brusca de rotina acabaram impactando diretamente seu processo de integração, especialmente nos períodos longe do CT.

Santi Moreno jogador do Fluminense durante partida contra o Corinthians no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Diante desse cenário, o Fluminense decidiu agir de forma mais direta. O departamento psicossocial do clube passou a acompanhar o atleta de perto, oferecendo suporte contínuo para facilitar a adaptação ao novo ambiente. O clube, inclusive, utiliza o histórico de Arias como referência positiva, já que o colombiano viveu situação semelhante antes de se firmar como peça-chave do time.

A contratação de Santi foi considerada estratégica. Após uma negociação longa com o Portland Timbers, o Tricolor fechou o acordo no início de agosto, investindo R$ 32 milhões por 75% dos direitos econômicos do jogador. O valor reforça a ideia de que o projeto não é imediato, mas sim de construção gradual.

Opinião da redação do Antenados no Futebol

O Fluminense acerta ao manter a calma com Santi Moreno. Jogadores estrangeiros, especialmente jovens, nem sempre respondem rápido à mudança de país e cultura. O erro seria tratar a adaptação como fracasso esportivo. O clube demonstra maturidade ao oferecer suporte fora de campo e proteger um investimento relevante, algo que nem sempre é comum no futebol brasileiro. O rendimento virá se o processo for respeitado.