Alerta sobre velocidade do projeto da SAF

O CEO da SAF do Bahia, Raul Aguirre, fez um alerta público sobre os riscos de um crescimento acelerado do clube e cobrou cautela na condução do projeto, mesmo diante dos avanços recentes. Em entrevista à TV do clube, o dirigente destacou que o Tricolor vive um momento positivo, mas frisou que o sucesso precisa ser sustentado com planejamento e responsabilidade.

“Otimismo e expectativa, só não podemos tropeçar na própria velocidade, não podemos pular etapas. Ter calma, paciência em cada área, passo, para que o resultado venha ao longo do tempo”, afirmou Aguirre, ao tratar da condução do projeto esportivo e institucional do Bahia.

Crescimento financeiro expressivo em 2025

Apesar do tom cauteloso, o executivo celebrou os números financeiros alcançados pelo clube na temporada 2025. Segundo ele, o Bahia encerrou o ano com receita superior a R$ 400 milhões, considerando também os negócios envolvendo jogadores, um salto relevante em relação aos exercícios anteriores. “A gente fecha 2025 com um número de receita que ultrapassa confortavelmente os 400 milhões de reais, a gente considera negócios com jogadores. Um número muito significativo, com taxa de crescimento de aproximadamente 40, 45% em relação ao ano anterior, que já tinha tido taxa de 25%”.

Aguirre ressaltou que esse avanço faz parte de um plano estruturado de longo prazo, cujo objetivo é aproximar o Bahia das principais potências do futebol brasileiro. “A missão é crescer a receita do clube e nos aproximarmos cada vez mais dos maiores clubes do Brasil. A gente tem que comemorar esse crescimento de receita e também o trabalho contínuo de reestruturação do clube”.

Evolução esportiva e desafios do calendário

Dentro de campo, o CEO destacou a evolução esportiva do Tricolor, que garantiu vaga na Copa Libertadores pelo segundo ano consecutivo e terminou o Campeonato Brasileiro na 7ª colocação, a melhor campanha da história do clube na era dos pontos corridos. “O clube caminha para seus 95 anos e centenário, é uma honra e uma responsabilidade enorme para a SAF cuidar desse legado. A gente começou aqui no Brasil, terminamos em oitavo (2024), terminamos em sétimo (2025), trabalhamos para melhorar a performance esportiva”.

O dirigente também comentou o desgaste imposto pelo calendário e o nível de exigência enfrentado ao longo do ano, ressaltando a necessidade de planejamento para sustentar o crescimento. “Brasileiro e outros campeonatos são difíceis, intensos, Bahia foi o time que mais jogou no mundo. Esses desafios temos que encarar com a mesma intensidade com a qual chega. Temos planejamento, será o terceiro ano da SAF ano que vem”.

O elenco do Bahia está previsto para se reapresentar no dia 5 de janeiro, quando inicia a preparação para a temporada 2026. No próximo ano, o Tricolor disputará o Campeonato Baiano, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores, em um cenário que exigirá equilíbrio entre ambição esportiva e responsabilidade institucional.