Internacional e a saída de José Olavo Bisol
O Internacional vive uma nova mudança política em seu departamento de futebol. Nesta terça feira 9 José Olavo Bisol comunicou em suas próprias redes sociais que não seguirá como vice responsável pelo setor. A decisão abre um novo capítulo nos bastidores do Colorado justamente após uma temporada marcada por fortes pressões e cobranças. Além dele, André Mazzuco, que estava no time desde agosto de 2024, é mais um nome a deixar a diretoria colorada após o término do Campeonato Brasileiro.
Com a vaga aberta, Alessandro Barcellos se reunirá com os demais integrantes do Conselho de Gestão para definir quem assumirá o comando político do futebol nos próximos desafios. O trabalho do substituto terá início imediato, já que o planejamento de 2025 se tornou prioridade absoluta após os problemas revelados durante o último ano.
Ao se despedir, Bisol reconheceu que 2025 expôs fragilidades estruturais do clube e admitiu responsabilidade pelo desempenho abaixo do ideal. Ele reforçou que a reconstrução exige união e uma resposta coletiva para que o Inter volte a competir em alto nível em todas as frentes.
Reconstrução e legado recente
Mais tarde, foi a vez do próprio Colorado se manifestar sobre a saída de Bisol. Em nota oficial, o clube destacou a dedicação do dirigente ao longo de sua trajetória. E manteve inalterado o posicionamento sobre sua importância em momentos críticos:
“A direção do Clube agradece a dedicação e o comprometimento de Bisol ao longo de sua trajetória no Departamento de Futebol. Ele manteve a transparência e o diálogo mesmo nos momentos mais difíceis, assumindo responsabilidades e defendendo a instituição. Também teve papel importante na manutenção do CT Parque Gigante após a enchente de 2024, um trabalho que contribuiu diretamente para a retomada do Clube, refletida na quinta colocação no Brasileirão e no título invicto do Gauchão de 2025.”
Aos 43 anos, Bisol assumiu a vice presidência de futebol em agosto de 2024 após a saída de Felipe Becker. Antes disso, esteve no cargo de diretor de futebol e também atuou como assessor da Presidência e do Conselho de Gestão. A boa arrancada com a conquista estadual no primeiro semestre logo deu lugar a um cenário conturbado com indefinições dentro de campo eliminações precoces e críticas constantes a postura do dirigente que passou a ser visto como distante da realidade.
Opinião da redação do Antenados no Futebol
As saídas de Bisol e de Mazzuco se conectam diretamente com o desempenho esportivo e com a insatisfação crescente da torcida. Seu trabalho teve pontos positivos, especialmente em momentos de crise interna, mas faltou consistência e alinhamento para que o clube permanecesse competitivo durante toda a temporada. O Internacional precisa transformar essa mudança em oportunidade rápida de reorganização, com um comando mais técnico e integrado ao futebol, evitando que 2025 seja novamente marcado por frustrações.
