Situação financeira delicada

O Corinthians vive uma fase financeira extremamente complicada nos últimos anos. O clube enfrenta não apenas problemas com o não pagamento de uma dívida com o Santos Laguna, do México, referente ao zagueiro Félix Torres, que resultou na transferência do clube para a FIFA, mas também uma crescente dívida com a Caixa Econômica Federal pela construção da Neo Química Arena.

No entanto, a situação pode piorar. A dívida com a Caixa, que era um ponto central nas finanças do clube, voltou a ser um assunto delicado em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8).

Parar de pagar

Isso porque Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, afirmou que o clube deve parar de pagar a dívida do estádio. O dirigente reconheceu a urgência do problema, mas sugeriu que o Corinthians priorize outras dívidas mais imediatas para evitar bloqueios financeiros.

“Temos que resolver o problema do estádio na Caixa. Temos que trocar o fundo que está administrando o problema todo. Sou presidente do Conselho, não mando nada. Acho que o Corinthians tem que resolver o problema na Caixa”, iniciou.

“Senão, para de pagar, para de pagar o estádio. Vai pagar as dívidas que temos que são mais urgentes para evitar bloqueio. Para de pagar, acabou. Começa por aí. Temos que buscar uma solução, não temos dinheiro”, disse Romeu Tuma Jr.

SP – SAO PAULO – 10/06/2025 – ELIMINATORIAS COPA DO MUNDO 2026, SELECAO BRASILEIRA X PARAGUAI – Vista Aerea da Neo Quimica Arena em Sao Paulo (SP), antes da partida entre Brasil e Paraguai pelas Eliminatorias da Copa do Mundo 2026. Foto: Marlon Costa/AGIF

Dívida do estádio

De acordo com o balanço financeiro divulgado no ano passado, a dívida do Corinthians com a Caixa pelo financiamento da construção da Neo Química Arena gira em torno de R$ 668 milhões.

Em uma tentativa de aliviar a pressão financeira, a torcida organizada Gaviões da Fiel iniciou uma campanha para arrecadar recursos para ajudar na amortização dessa dívida. Até o fim de 2024, conseguiram arrecadar pouco mais de R$ 40 milhões, quantia que foi repassada ao banco, mas que ainda não foi suficiente para reduzir substancialmente o montante devido.