Caso Bruno Henrique
A decisão judicial envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, segue sendo um dos assuntos mais comentados no futebol nacional nos últimos dias. O jogador era investigado por suspeita de possível envolvimento em apostas esportivas com o objetivo de beneficiar familiares e amigos.
O caso, que gerou ampla repercussão, teve um desfecho nesta semana. O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu Bruno Henrique da suspensão de 12 jogos e aplicou apenas uma multa de R$ 100 mil. A decisão dividiu opiniões entre torcedores, alguns defenderam o jogador, outros apontaram que a punição deveria ter sido mais rigorosa.
Deu a opinião
E agora, quem se manifestou sobre o tema foi o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira. Após a derrota do Palmeiras por 1 a 0 para o Santos, neste sábado (15), na Vila Belmiro, Abel Ferreira foi questionado sobre a decisão envolvendo Bruno Henrique. O treinador português aproveitou para refletir sobre o papel do futebol na sociedade e evitar julgamentos diretos sobre o caso.
“Eu sou cidadão paulistano, trabalho há cinco anos no Brasil. Fui muito bem recebido e sou muito grato ao futebol brasileiro e a todas as pessoas que me receberam aqui. O futebol aqui está nos genes da pessoa que vivem aqui, respiram futebol. Portanto, o futebol deveria ser o embaixador daquilo que é o exemplo para a nossa sociedade. Já falei várias vezes. Eu não sou ninguém para julgar o que se passou, essa não é a minha função”, iniciou.
“Eu só acho que o futebol tem que ser o embaixador do que são os valores, daquilo que é o respeito, ética e educação para as gerações presentes e futuras. Com toda a certeza, o futebol faz parte do nosso sangue e do que depender de mim, farei o que conseguir para tornar o futebol melhor. Sim, somos rivais. Não, não somos inimigos. O futebol precisa de união e acho que é isso que faz realmente a magia do futebol, unir diferentes classes sociais e não o individualismo”, disse.
“É isso o que eu penso. Em relação ao que me perguntaram, eu não tenho mais nada a dizer. Eu olho para o futebol como embaixador dos princípios, valores, ética, respeito e é por isso que eu amo futebol. Eu sou muito competitivo e tenho que melhorar meu comportamento durante os 90 minutos, mas tenho muito pouco a dizer em relação a isso. O resto, vocês conhecem como funciona melhor do que eu”, concluiu.
Opinião do Antenado no Futebol
As divergências sobre o caso Bruno Henrique crescem justamente pela falta de critérios claros do STJD em decisões recentes. A ausência de padronização nas punições abre margem para interpretações e aumenta a sensação de insegurança e injustiça entre clubes, atletas e torcedores.
