Saída de Gerson movimenta bastidores no Flamengo

A confirmação da saída de Gerson após o Mundial de Clubes reacendeu discussões nos bastidores do Flamengo sobre como preencher a lacuna deixada por ele. O clube carioca recebeu uma quantia expressiva de 25 milhões de euros (cerca de R$ 160 milhões) do Zenit, da Rússia, pela rescisão contratual do meio-campista. Agora, a cúpula rubro-negra estuda alternativas para manter a qualidade no setor central da equipe.

Jorginho pode ter sido o prenúncio da mudança

Entre os analistas do cenário, Zinho ex-jogador do Flamengo e hoje comentarista acredita que a contratação de Jorginho pode ter sido um movimento estratégico, já prevendo a saída de Gerson. Segundo ele, a necessidade de substituição imediata vai depender de como o elenco se comporta nos próximos compromissos. “O De La Cruz acredito que vai ter uma sequência agora, se recuperando mesmo. O problema é que o Pulgar machucou”, comentou, apontando que a situação física de alguns jogadores influencia diretamente a decisão por novos nomes.

A lesão de Erick Pulgar é, de fato, uma peça-chave no quebra-cabeça rubro-negro. O volante sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito e desembarcou no Rio de Janeiro em cadeira de rodas. A previsão de retorno é apenas para o final de agosto ou início de setembro, período que pode coincidir com jogos decisivos nas competições nacionais e continentais.

Nomes em análise e pressão por reforços

Enquanto isso, nomes como Allan e o jovem Everton Araújo também entram no radar das discussões internas. Zinho destacou que Allan está readquirindo ritmo, mas ainda não caiu nas graças da Nação. “E o garoto, o Everton Araújo, o primeiro volante que eu estou falando”, completou, ao mencionar a possível aposta nas categorias de base como solução caseira.

A diretoria, por sua vez, é pressionada a agir. Zinho foi direto ao apontar que o momento exige proatividade de quem comanda o futebol do clube. “Se a recuperação do Pulgar demorar muito, eu acho que você pode olhar a oportunidade que tiver no mercado. […] A função do Boto é essa agora, buscar um cara”, afirmou, citando José Boto, diretor executivo de futebol do clube, como figura central nesse processo.

Com o retorno das grandes competições, a margem de erro diminui. O mengão tem pela frente uma maratona que inclui as rodadas decisivas do Campeonato Brasileiro e os mata-matas da Libertadores. A falta de opções de confiança no meio-campo pode pesar nesse momento de alta exigência física e técnica.

Por fim, a janela de transferências que abre no próximo dia 10 de julho se apresenta como o momento ideal para agir. A diretoria rubro-negra já havia sinalizado que o investimento no segundo semestre seria mais agressivo, e a venda de Gerson oferece ainda mais suporte financeiro para essa movimentação. A torcida, atenta e exigente, aguarda reforços que tragam segurança e qualidade ao setor mais estratégico do time.