Botafogo domina lista de reforços milionários
Na última janela de transferências, encerrada em 2 de setembro, o Botafogo foi o protagonista em movimentações de alto valor no mercado nacional. O clube carioca figurou em três das dez operações mais caras do período, trazendo Danilo, Arthur Cabral e Álvaro Montoro. As cifras chamaram atenção e viraram pauta no programa “De Primeira”, do UOL Esporte, onde os comentaristas discutiram o impacto dessas negociações.
Samir Carvalho, participante da mesa redonda, não poupou críticas ao montante desembolsado pelo Alvinegro. Para ele, os valores estão muito acima do que considera razoável. “Arthur Cabral 12 milhões de euros é rasgar dinheiro, com todo o respeito. E quando você fala “com todo o respeito”, é porque não tem respeito nenhum (risos). Mas não dá para pagar 12 milhões de euros no Arthur Cabral”, declarou em tom ácido.
Questionamentos sobre o investimento
O comentarista também colocou em dúvida a contratação de Danilo, considerado um dos maiores destaques entre os reforços da temporada. Segundo ele, o investimento poderia ter sido direcionado de outra forma. “O próprio volante, Danilo… É melhor você investir na sua base para tentar depois vender um jogador. Pagar 23 milhões de euros no Danilo? É muito bom jogador, muito bom, mas também não vale. Acho que eu sou chato para caramba”, completou.
Apesar da boa expectativa criada pela chegada de jovens com potencial, o custo elevado levantou debates sobre o modelo de gestão adotado pelo clube. Para parte da opinião pública, a aposta em atletas já valorizados contrasta com a alternativa de formar talentos internamente, com custos reduzidos e possibilidade de retorno financeiro maior no futuro.
Outras críticas ao mercado
Samir Carvalho não se limitou a falar do Botafogo. O analista ampliou sua avaliação para outras negociações que marcaram a janela. “Sosa [do Palmeiras] pode ser um jogador que venha dar resultado no futuro, mas 12,5 milhões de euros eu também não pagaria. E o Carrascal não faz sentido nenhum valer 12,5 milhões de euros”, opinou.
Ainda dentro da lista, o comentarista destacou apenas uma contratação que, em sua visão, foi realizada por um preço justo. “O Andreas Pereira acho que 10 milhões de euros está justo. Mas eu não faria nenhuma dessas outras contratações”, afirmou.
A fala repercutiu nas redes sociais e dividiu opiniões entre torcedores e analistas. De um lado, quem acredita que os valores exagerados refletem a inflação do mercado; de outro, quem considera que grandes clubes precisam arriscar para competir em alto nível.
No fim, a janela terminou com o Botafogo como protagonista em cifras, mas sob questionamentos quanto à real viabilidade de seus investimentos. O debate sobre gastar pesado em jogadores prontos ou apostar em jovens formados em casa promete seguir vivo durante toda a temporada.
