Controvérsia sobre valores das negociações

O Botafogo está muito próximo de alcançar a marca de R$ 1 bilhão em vendas de jogadores somente no ano de 2025. O montante, que inclui as transferências de John e Cuiabano para o Nottingham Forest, reacendeu o debate sobre a real transparência dos valores envolvidos, já que parte deles está vinculada à disputa judicial entre John Textor, a Eagle, o Lyon e a SAF alvinegra, segundo informações do portal FogãoNET.

No total, o clube registrou a saída de 11 atletas no período, entre eles nomes de peso como Júnior Santos, Tiquinho Soares, Luiz Henrique, Thiago Almada e Igor Jesus. Porém, segundo a reportagem, algumas dessas transações foram citadas em uma notificação extrajudicial enviada pelo Botafogo ao Lyon, na qual o clube brasileiro afirma ter realizado vendas em condições desfavoráveis para socorrer financeiramente os franceses.

Vendas milionárias e notificação ao Lyon

Os documentos revelados apontam que o Botafogo teria transferido direitos econômicos de quatro jogadores ao Lyon por valores acima dos inicialmente divulgados. Entre eles, Igor Jesus, Jair e Thiago Almada, cujas cifras registradas na notificação surpreendem em comparação com os números noticiados na imprensa. A situação ainda incluiu o venezuelano Savarino, que estava na lista, mas optou por permanecer no Glorioso.

Considerando a soma de valores reportados pelo clube na notificação, € 27 milhões por Thiago Almada, US$ 43,1 milhões por Igor Jesus e € 20,9 milhões por Jair, o Botafogo teria arrecadado, ou teria direito a arrecadar, cerca de R$ 954 milhões apenas em 2025. Caso fosse contabilizada também a tentativa frustrada de venda de Savarino por € 7,6 milhões ao Lyon, a barreira simbólica do bilhão já teria sido rompida.

Lista de saídas e mercados abertos

Entre os negócios já concluídos, Carlos Alberto foi para o Sport por R$ 15 milhões, Tiquinho Soares para o Santos por R$ 19 milhões, Júnior Santos para o Atlético-MG por US$ 8 milhões (R$ 48 milhões), Luiz Henrique ao Zenit por € 35 milhões (R$ 216 milhões), além de Hugo, Gregore e John, que também renderam cifras relevantes.

Ainda assim, o caso mais polêmico segue sendo o das vendas ligadas ao Lyon, nas quais o Botafogo cobra diferenças milionárias. A disputa judicial promete se arrastar, mas reforça as dúvidas da torcida sobre até que ponto os números anunciados correspondem de fato ao que entrou nos cofres alvinegros.

Com o fechamento da janela das principais ligas europeias em 2 de setembro, eventuais novas transferências do Botafogo só poderão ocorrer para mercados alternativos, como Rússia, Ucrânia, Turquia, México, Bélgica e Oriente Médio. Isso não diminui, porém, o impacto do montante já registrado, que coloca o clube como destaque absoluto no futebol brasileiro em volume de vendas no ano.